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ONU pede garantia de direitos básicos nas cadeias venezuelanas

A Comissão de Direitos Humanos da ONU manifestou preocupação pelas mortes e feridos registados durante uma tentativa de fuga numa cadeia venezuelana e instou as autoridades a combater a superlotação e garantir os direitos básicos dos presos.

ONU pede garantia de direitos básicos nas cadeias venezuelanas
Notícias ao Minuto

03:47 - 03/05/20 por Lusa

Mundo ONU

Na sexta-feira, 46 pessoas morreram e 75 ficaram feridas durante a tentativa de fuga no Centro Penitenciário de Los Llanos (Cepella), no estado venezuelano de Portuguesa, 430 quilómetros a sudoeste de Caracas.

"Venezuela: Estamos profundamente preocupados com os eventos violentos na prisão de Guanare, que resultou em 46 mortos e 75 feridos, incluindo funcionários da prisão", escreveu a Comissão de Direitos Humanos (CHD) na sua conta do Twitter.

A CDH insta "as autoridades a realizarem uma investigação exaustiva, a combater a superlotação e a garantir os direitos básicos" dos detidos.

Também a Organização de Estados Americanos (OEA), manifestou preocupação pelo ocorrido que diz ser inaceitável.

"46 pessoas morreram em um motim de prisioneiros famintos na prisão de Guanare, Estado de Portuguesa, na Venezuela. Outra forma inaceitável de tortura da ditadura", escreveu o secretário da OEA na sua conta do Twitter.

A presidente do Observatório Venezuelano de Prisões, Carolina Girón, instou as autoridades a investigarem "o massacre" cuja "duvidosa primeira versão [oficial] é de que, em plena luz do dia, pelas 13:00 [hora local, 18:00 de sexta-feira, em Lisboa], os presos tentaram fugir pela porta principal da prisão".

A oposição venezuelana responsabiliza o Governo do Presidente, Nicolás Maduro, pelo ocorrido, e diz que os venezuelanos estão em perigo de vida.

"Em Guanare vemos um novo massacre numa prisão do nosso país, sob o controlo e a responsabilidade da ditadura. Enquanto [o regime] continuar a usurpar funções, a vida de todos os venezuelanos está em risco", escreveu no Twitter o líder da oposição Juan Guaidó.

A deputada opositora Delsa Solorzano, vice-presidente do Grupo Latino-americano e das Caraíbas de União Interparlamentar, atribui o sucedido "a uma amostra da incapacidade do regime" para solucionar a crise nas prisões.

"Desde há meses que denunciamos as precárias condições dos centros de reclusão do país. A sobrelotação nas prisões e as condições precárias a que submetem os presos na Venezuela são violações claras dos Direitos Humanos, que devem ser garantidos pelo Estado em todas as circunstâncias", escreveu na sua conta, na rede social Twitter.

As versões iniciais davam conta de que os presos teriam atacado os oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) desencadeando momentos de violência.

Segundo a ministra venezuelana de Serviço Penitenciário, Iris Varela, entre os feridos está o diretor da prisão, Carlos Toro, que terá sido agredido "com uma arma branca".

O diretor da prisão estaria a tentar falar com os detidos quando foi agredido.

Após a agressão, os presos terão rebentado as grades de segurança para fugirem.

Segundo o diário venezuelano Últimas Notícias, tido como próximo do regime, a tenente Escarlet González Arenas foi ferida por fragmentos de uma granada.

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