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Italiano envia mensagem ao mundo: "Não fazem ideia do que aí vem"

Jovem afirma que sabe o mundo está a minimizar a situação pois Itália também o fez.

Italiano envia mensagem ao mundo: "Não fazem ideia do que aí vem"
Notícias ao Minuto

11:08 - 18/03/20 por Andrea Pinto

Mundo Coronavírus

Jason Yanowitz é um utilizador do Twitter que recorreu a esta rede social para enumerar as fases pelas quais passou a Itália durante a propagação da Covid-19. O homem pede às pessoas para terem consciência de que a situação é pior do que se imagina, e salienta a possibilidade do resto do mundo enfrentar a mesma situação a que se assiste em Itália, segundo país mais afetado pela epidemia.

O aviso vem de alguém que, tal como muitos outros, achou que a Covid-19 não era nada assim de tão grave e que rapidamente - numa questão de duas semanas - percebeu que, afinal, estava enganado.

"Penso que todos sabem que a Itália se encontra em quarentena devido à Covid-19. A situação é má, mas pior é ver o resto do mundo a agir como se isto não fosse acontecer com eles. Sabemos que pensam assim, porque nós também pensámos", começa a escrever, enumerando em seguida as fases vivenciadas pelo país.

Assim, numa primeira fase, alega que "sabemos que o coronavírus existe e começam a surgir os primeiros casos no nosso país". Contudo, "não há nada com que nos preocuparmos, porque é apenas uma gripe má".

Na segunda fase da propagação, começam a aumentar o número de casos, algumas cidades entram em quarentena e acredita-se que os media estão a exagerar na forma como noticiam o caso, acusando-os de causar o pânico. "A situação é triste mas estão a ser tomadas medidas por isso nada temos com que nos preocupar", escreve este italiano.

É então, numa terceira fase que as coisas começam a mudar de figura. "O número de casos começa a aumentar de forma vertiginosa. Surgem as primeiras mortes, 25% do país entra em quarentena, começam a  fechar-se escolas e universidades". Os avisos para evitar o contacto social bem como para lavar as mãos é repetido vezes sem conta, mas as pessoas continuam sem entender a gravidade da situação.

Na quarta fase, os países declaram o estado de  emergência nacional. Começam a escassear médicos e enfermeiros para combater o problema nos hospitais. Médicos reformados e alunos que ja tenham completado o segundo ano de medicina começam a ser chamados para ajudar. Os profissionais de saúde começam a ser infetados e a infetar os seus familiares. Atingimos um ponto em que perante a falta de recursos é preciso decidir quem queremos salvar.

Na quinta fase, todo o país entra em quarentena, mas as pessoas continuam a poder ir trabalhar  e a ir ao supermercados e às farmácias, pois, caso contrário, "a economia corre o risco de colapsar", atira Jason Yanowitz, referindo que já se vê "muitas pessoas de máscara mas há ainda aqueles que se julgam invencíveis".

É, então, que se atinge a fase final. Altura em que tudo fecha e todos são proibidos de circular na rua, tendo de obter um certificado que os autorize a fazê-lo. Os que andam na rua sem uma justificação, correm o risco de serem multados.

"Este problema não se vai resolver sozinho", afirma nos seus pensamentos finais, referindo que lhe custa ver outros países a adiarem decisões que são essenciais para salvar os seus. O italiano considera que a maioria dos países só agora está a perceber a gravidade da situação e urge cada um a tomar as medidas necessárias para que a situação não atinja proporções mais drásticas.

Recorde-se que a Itália é o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia e contabiliza 31.506 casos e 2.503 mortes.

A publicação de Jason já foi partilhada por centenas de pessoas e é considerada por muitos como um "abre olhos".

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