Mais de 100 mil pessoas já fugiram da repressão na Nicarágua
Mais de 100.000 pessoas fugiram da Nicarágua desde que começou a repressão dos protestos que tiveram início em abril de 2018, declarou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
© Reuters
Mundo Nicarágua
"Estudantes nicaraguenses, defensores de direitos humanos, jornalistas e agricultores continuam a fugir do país a uma taxa média de 4.000 pessoas por mês", elevando a mais de 100.000 as pessoas que fugiram desde o início da crise, disse a porta-voz do ACNUR, Shabia Mantoo, numa conferência de imprensa em Genebra, Suíça.
"Sem uma solução da crise interna à vista, o ACNUR espera que esses números aumentem", acrescentou.
A maioria dos nicaraguenses em fuga foram para a Costa Rica, que recebeu cerca de 77.000 pessoas.
Pouco mais de 8.000 nicaraguenses fugiram para o Panamá, 3.600 para o México, 9.000 para a Europa e 5.100 para outros países, segundo o ACNUR, que identificou um total de 103.600 refugiados e requerentes de asilo na Nicarágua em todo o mundo.
A Nicarágua, liderada pelo ex-guerreiro sandinista Daniel Ortega, está a passar por uma grave crise política desde abril de 2018.
Um primeiro protesto contra uma reforma da previdência social se transformou em uma onda de manifestações exigindo a saída do Presidente Ortega, acusado de estabelecer uma ditadura corrupta, bem como eleições antecipadas.
A repressão foi sangrenta. Mais de 325 pessoas foram mortas, centenas de opositores foram presos.
O país está mergulhado numa profunda recessão económica.
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