Brexit: Reino Unido vai redefinir a sua política externa e de defesa
O Governo do Reino Unido anunciou hoje um plano de revisão dos seus objetivos de política externa e de defesa, para definir o seu novo "papel no mundo", após o 'Brexit'.
© Reuters
Mundo Brexit
O primeiro-ministro, Boris Johnson, entregou uma declaração escrita ao Parlamento em que afirma que o país precisa de fazer um esforço para se adaptar e responder adequadamente "às oportunidades que se aproximam", referindo-se à saída da União Europeia.
O plano, intitulado Revisão Integrada, inclui uma profunda modificação dos objetivos do Reino Unido nas áreas da defesa e da política externa, de acordo com fontes oficiais, integrando o contributo de diversos ministérios.
Em 2015, o governo conservador anterior, liderado por Theresa May, já tinha feito uma revisão das prioridades de defesa, mas esta nova análise, que será anunciada no outono, é mais ampla, abrangendo várias áreas estratégicas.
De acordo com o documento divulgado pelo executivo de Boris Johnson, a Revisão Integrada definirá "o papel do Reino Unido no mundo e os objetivos estratégicos de longo prazo da segurança nacional e da política externa".
A revisão explanará como o país "pode cooperar de maneira mais eficaz com os seus aliados", para ser uma nação "que resolve problemas e compartilha encargos".
O documento especificará os objetivos a atingir na próxima década para "cumprir as metas do país e enfrentar os riscos que enfrenta", para além de revelar as "reformas nos sistemas e estruturas do governo que devem ser feitas para alcançar esses objetivos", segundo um comunicado do Governo.
Embora, durante a recente campanha eleitoral, Boris Johnson tenha prometido manter os gastos com as matérias de defesa em pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB), a revisão poderá levar a uma redistribuição de recursos para um reforço das Forças Armadas.
Em relação à política externa, além de questões geopolíticas, o país enfrenta a negociação de um acordo comercial com a União Europeia e um outro com os Estados Unidos, num momento de tensões com Washington sobre a decisão de Londres de também fortalecer os seus laços comerciais com a China.
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