Chanceler alemã admite que acordo sobre orçamento da UE será difícil

A chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu hoje que as negociações em Bruxelas sobre o próximo orçamento plurianual da União Europeia (UE) -- o primeiro pós-Brexit - serão "muito difíceis e complicadas".

"Corrupção deve ser tema central" de visita de Merkel a Angola

© Reuters

Lusa
19/02/2020 14:42 ‧ 19/02/2020 por Lusa

Mundo

Angela Merkel

"Acreditamos que nossas preocupações ainda não foram levadas suficientemente em conta em muitas áreas e, portanto, prevejo negociações muito difíceis e complicadas", disse, numa conferência de imprensa em Berlim, realizada em conjunto com a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin.

Os líderes europeus vão reunir-se na quinta-feira, em Bruxelas, para discutir o próximo orçamento plurianual da UE e vários dirigentes se confrontam sobre a forma de compensar a contribuição britânica após o 'Brexit'.

Com menos um Estado-membro, a UE tem pela frente um trabalho difícil equilíbrio entre as chamadas políticas tradicionais - coesão (destinada às regiões menos desenvolvidas) e agricultura - e as novas prioridades, nomeadamente a luta contra as mudanças climáticas e a afirmação do bloco no cenário geopolítico, através da segurança e da defesa.

A França, tal como cerca de outros 15 Estados-membros, quer aproveitar a saída do Reino Unido da UE para acabar com os descontos concedidos a cinco países (Alemanha, Dinamarca, Países Baixos, Áustria e Suécia) a fim de reduzir as suas contribuições nacionais.

Estes países -- que receberam a alcunha de "os Quatro Frugais", já que, neste caso, a Alemanha é menos específica -, também reivindicam um orçamento europeu em que as contribuições nacionais sejam limitadas a 1% do rendimento nacional bruto da Europa.

Por outro lado, os denominados "Amigos da Coesão", cerca de 15 países do sul, centro e leste da Europa, estão preocupados com os cortes anunciados nas chamadas políticas "tradicionais", já que são os seus principais beneficiários.

A Alemanha, país mais rico da Europa, financia um quinto (20%) do orçamento europeu, valor que deve subir para 25% no novo orçamento.

 

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