Polícia argelina tenta reprimir sem êxito protesto estudantil

Centenas de polícias argelinos tentaram hoje reprimir o tradicional desfile de estudantes contra o regime, que ocorrem todas as terças-feiras desde 22 de fevereiro de 2019 quando foi desencadeado o 'Hirak', um amplo protesto popular por um Estado civil e não militar.

Polícia argelina tenta reprimir sem êxito protesto estudantil

© Reuters

Lusa
18/02/2020 20:09 ‧ 18/02/2020 por Lusa

Mundo

Argentina

Os protestos de hoje, que voltaram a concentrar vários milhares de pessoas no centro da capital, coincidiu com a divulgação de um relatório da Amnistia Internacional (AI) que denuncia o uso excessivo da força pelas autoridades e forças de segurança argelinas.

A AI refere que, apesar de as mobilizações terem sido toleradas, o regime utilizou o controlo do espaço público e as detenções preventivas e arbitrárias para travar um movimento que na próxima sexta-feira completa um ano de atividade.

A repressão e a redução do espaço público voltaram a ser visíveis esta tarde, com milhares de polícias, unidades anti-distúrbios e polícias à paisana enviados para o centro da capital e infiltrados no desfile, que tentou chegar sem êxito à praça da Grande Poste, epicentro simbólico do "Hirak".

O 'Hirak', desencadeado em 22 de fevereiro de 2019 para contestar a perspetiva de um quinto mandato do presidente Abdelaziz Bouteflika, obteve em 2 de abril a demissão do chefe de Estado, no poder há 20 anos.

Desde então, o movimento exige uma verdadeira rutura com o "sistema" político-militar em vigor desde a independência em 1962, na sequência de uma "guerra de libertação" de oito anos contra o jugo colonial francês.

 

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