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Duas empresas das Honduras fecham devido a extorsões e ameaças

Duas empresas de transporte de passageiros das Honduras anunciaram, desde o início desta semana, o encerramento temporário dos seus serviços devido à cobrança de extorsões e ameaças por parte de gangues.

Duas empresas das Honduras fecham devido a extorsões e ameaças
Notícias ao Minuto

18:46 - 18/02/20 por Lusa

Mundo Violência

A empresa Lila confirmou hoje nas suas redes sociais a suspensão temporária dos serviços depois de, na segunda-feira, uma mulher ter disparado contra um autocarro da transportadora que estava estacionado em frente das instalações da companhia, em Tegucigalpa, sem causar vítimas.

Responsáveis da transportadora indicaram que o encerramento deve-se à cobrança de extorsões, conhecidas no país como "imposto de guerra", por parte de gangues de jovens a transportadoras e a empresários em troca de não os assassinarem.

Pelo menos 134 funcionários de transportes públicos das Honduras foram assassinados em 2019 por gangues, por se recusarem a pagar as extorsões, segundo dados do Observatório da Violência da Universidade Nacional Autónoma do país.

As instalações da empresa, que cobre a rota entre Tegucigalpa, a capital do país, e a cidade de Marcala, na região central de La Paz, amanheceram hoje sob a proteção de agentes da Polícia Nacional e da Polícia Militar de Ordem Pública.

O encerramento da Lila surge de uma outra empresa, a de transportes, a Flores, ter no domingo passado suspendido também o seu funcionamento em La Paz devido à cobrança de extorsões.

"Comunica-se aos nossos clientes que estaremos fora de serviço até novo aviso", indicou a transportadora num cartaz colocado nas suas instalações.

Segundo dirigentes do setor dos transportes, os gangues exigem o pagamento de 20.000 lempiras (cerca de 744 euros) por mês em troca de não assassinarem os motoristas dos autocarros ou de os incendiarem.

Os empresários das transportadoras pediram ao governo hondurenho, presidido por Juan Orlando Hernández, que não os abandone e que se encontrem mecanismos para reverter a situação de insegurança que impera no país -- este ano registaram-se em média 11 assassínios por dia.

A polícia nacional e organizações de direitos humanos atribuem a maioria deste tipo de ataques a dois gangues rivais, ao Mara Salvatrucha e ao Barrio 18, que se dedicam a extorquir comerciantes, condutores, empresários de transportes públicos e inclusivamente estudantes.

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