A explosão da plataforma, em 20 de abril de 2010, fez derramar quase mil milhões de litros de crude que cobriram uma área de cerca de 149 mil quilómetros quadrados, mas a investigação científica, publicada na revista Scientific Advances, permitiu concluir que uma parte do petróleo derramado ficou invisível aos satélites.
"Descobrimos que houve uma parte substancial do petróleo invisível aos satélites e às imagens aéreas", afirmou o principal autor do estudo, Igor Berenshtein, justificando que "o derrame só ficou visível a partir de uma determinada concentração à superfície".
Apesar de invisível, este petróleo foi tóxico para a fauna e flora marinhas, referem os cientistas.
"Os nossos resultados desafiam o senso comum sobre as consequências de derrames de petróleo, mostrando que o crude invisível e tóxico pode chegar além do que os satélites detetam em concentrações letais e sub-letais que chegaram a um vasto leque de vida selvagem no Golfo do México", afirmou a investigadora Claire Paris.
Com esta investigação, os cientistas viram "uma terceira dimensão do que antes era visto apenas como manchas à superfície", acrescentou.