Mais de 80 "terroristas" foram mortos pelo exército do Mali durante uma intervenção para repelir ataques de extremistas islâmicos simultâneos hoje perto da fronteira com a Mauritânia, disse o porta-voz das Forças Armadas.
Em declarações à televisão pública ORTM1, o coronel Souleymane Dembélé afirmou que as tropas recuperaram um "verdadeiro arsenal de guerra" durante a operação nas regiões de Ségou e Kayes, constituído por munições, material de telecomunicações e vários meios de transporte, incluindo motas e veículos todo-o-terreno.
De acordo com um comunicado preliminar do Estado-Maior, os ataques tiveram como alvo posições militares nas cidades de Niono, Molodo, Sandaré, Nioro du Sahel, Diboli, Gogui e Kayes, capital da região de mesmo nome.
As autoridades malianas não forneceram informações sobre possíveis baixas entre as forças governamentais ou danos materiais nas suas instalações, enquanto nenhum grupo assumiu até agora a responsabilidade pelo ataque.
Testemunhas locais partilharam com a agência de notícias espanhola EFE fotografias e vídeos não verificados que mostram dezenas de corpos de supostos agressores nas ruas, bem como motos e veículos destruídos após a intervenção do exército.
As imagens também mostram postos militares e veículos queimados, assim como armas leves e médias supostamente utilizadas durante os ataques, e bandeiras associadas a grupos extremistas ainda penduradas em alguns dos carros destruídos.
O Mali é governado por uma junta militar desde o golpe de Estado de 2020, que derrubou o então Presidente, Ibrahim Boubacar Keita, e consolidou o poder nas mãos do general Assimi Goita, sem um calendário para o restabelecimento do poder civil.
O país continua mergulhado numa profunda crise de segurança devido à atividade de grupos ligados tanto ao Estado Islâmico como à Al-Qaeda, responsáveis por frequentes ataques contra as forças armadas e a população civil.
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