"Devemos tornar-nos fortes para que não haja guerra, ficar fortes para acabar com as ameaças do inimigo", declarou Khamenei, sem precisar a que "inimigo" se referia.
"Não queremos ameaçar ninguém (...) é para enfrentar as ameaças, manter a segurança do país", adiantou diante de oficiais superiores e outros elementos da força aérea iraniana, segundo declarações transmitidas pela televisão estatal.
Na rede social Twitter, Khamenei salientou que a força aérea da República Islâmica tem vindo a melhorar e "agora está a construir aviões", considerando que "as sanções são crimes, mas podem transformar-se numa oportunidade".
Na sequência de um ataque norte-americano que matou a 03 de janeiro em Bagdad o poderoso general iraniano Qassem Soleimani, Teerão e Washington registam um novo aumento de tensão.
O Irão retaliou disparando a 8 de janeiro mísseis balísticos contra bases com soldados norte-americanos no Iraque, sem causar mortos.
A escalada é a última entre os dois países inimigos, cujas relações se deterioraram significativamente depois da retirada unilateral de Washington em maio de 2018 do acordo internacional sobre o nuclear iraniano.
Os Estados Unidos restabeleceram então uma série de sanções contra o Irão, no âmbito de uma campanha de "pressão máxima" contra a República Islâmica.
Reagindo às sanções que asfixiam a sua economia, o Irão anunciou em maio de 2019 que iria deixar gradualmente de respeitar compromissos no quadro do acordo concluído em 2015 em Viena e assinado também pelo Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China.