O chefe de Estado polaco, Andrzej Duda, renunciou a deslocar-se na quinta-feira ao Instituto Yad Vashem, em Jerusalém, onde decorrem as cerimónias, por considerar que o seu homólogo russo terá uma posição de destaque no evento.

Varsóvia receia que Vladimir Putin acuse de novo a Polónia de antissemitismo. E que promova a sua "política histórica" que consiste em elogiar a URSS, esquecendo o seu pacto com a Alemanha nazi em 1939 que também implicou a partilha da Polónia.

O Presidente lituano, Gitanas Nauseda, "pediu que o presidente do parlamento represente a Lituânia em Jerusalém", declarou à agência noticiosa AFP Antanas Bubnelis, porta-voz do chefe de Estado. Recusou fornecer mais detalhes sobre esta decisão de última hora.

Gitanas Nauseda deverá, no entanto, participar em 27 de janeiro nas cerimónias do 75.º aniversário da libertação do antigo campo de extermínio nazi de Auschwitz, situado no sul da Polónia, declarou Bubnelis.

A Lituânia juntou-se à Polónia nas críticas ao Presidente russo, Vladimir Putin, ao considerarem que o líder do Kremlin minimizou o pacto secreto germano-soviético assinado em agosto de 1939 e que permitiu às duas potências o controlo da Europa de leste no início da II Guerra Mundial.

Putin e outros altos responsáveis russos acusaram recentemente a Polónia de uma parte de responsabilidade pelo início da guerra, uma afirmação definida como "revisionista" e rejeitada por Varsóvia e aliados ocidentais.

Leia Também: 'Última Paragem: Auschwitz', relato de um médico num campo nazi