Países de vítimas de avião derrubado querem indemnizações para famílias

Os governos dos países que perderam cidadãos quando o Irão derrubou um avião ucraniano no passado dia 08 exigiram hoje que Teerão aceite "total responsabilidade" e pague indemnizações às famílias das vítimas.

Teerão lamenta derrube de avião e reconhece "erro imperdoável"

© Getty Images

Lusa
16/01/2020 16:35 ‧ 16/01/2020 por Lusa

Mundo

Irão

A posição é expressa numa declaração divulgada após um encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Reino Unido, Afeganistão, Suécia e Ucrânia, que decorreu em Londres.

Todos os 176 ocupantes do voo da Ukraine International Airlines (UIA) morreram quando o avião foi atingido por mísseis pouco depois de ter descolado do aeroporto internacional de Teerão.

Além de iranianos, estavam a bordo 57 cidadãos canadianos, 17 suecos, 11 ucranianos, quatro britânicos e quatro afegãos.

Os chefes da diplomacia dos cinco países insistiram igualmente numa "investigação criminal independente seguida de procedimentos judiciais transparentes e imparciais".

A comunidade internacional "espera respostas" sobre a queda do Boeing abatido por erro pelo Irão, disse o chefe da diplomacia canadiana, François-Philippe Champagne, no final da reunião com os seus homólogos, prometendo que não desistirão de as obter.

O ministro canadiano indicou que o Irão aceitou responsabilidade pelo sucedido, mas assinalou que apenas uma investigação completa revelará a "causa exata" e quem foi o responsável.

O derrube do avião ocorreu num contexto de grande tensão entre o Irão e os Estados Unidos, depois de Washington ter assassinado o principal general iraniano, Qassem Soleimani, a 03 de janeiro no Iraque.

Passados cinco dias a República Islâmica retaliou, lançando mísseis contra bases com soldados norte-americanos no Iraque, após o que um míssil iraniano atingiu o avião comercial ucraniano.

Após as autoridades do Irão terem reconhecido no sábado a sua responsabilidade, evocando um "erro humano", centenas de iranianos saíram para as ruas, manifestando-se contra o sistema da República Islâmica.

 

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