Rússia alerta que acordo nuclear com Irão corre risco de "se desmoronar"
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, alertou hoje que o acordo nuclear do Irão com as grandes potências corre o risco de "se desmoronar" sem o cumprimento dos Estados Unidos e da União Europeia.
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Mundo Diplomacia
O acordo de 2015 entre o Irão e os Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia previa o levantamento de sanções contra Teerão em troca de limitações ao seu programa nuclear. Washington retirou-se unilateralmente do pacto em meados de 2018 e restabeleceu duras sanções que impedem a República Islâmica de exportar petróleo.
"Devido à linha destrutiva seguida por Washington, esta importante conquista da diplomacia internacional... corre o risco de se desmoronar", disse Lavrov no final de um encontro em Moscovo com o seu homólogo iraniano, Javad Zarif.
O chefe da diplomacia russa adiantou que "os colegas da União Europeia" também "não estão a cumprir totalmente o acordo".
Face às sanções norte-americanas, o Irão tem pressionado os signatários europeus para encontrarem um modo de contrariar o seu impacto na economia iraniana.
Desde maio, Teerão tem ainda vindo a desrespeitar alguns dos seus compromissos no acordo e na semana passada iniciou novas operações num reator nuclear de água pesada.
As decisões do Irão foram condenadas pelos governos ocidentais, enquanto a Rússia e a China têm repetidamente culpado os Estados Unidos.
Lavrov disse que a Rússia vai exigir total conformidade com o acordo aos Estados Unidos e à União Europeia, adiantando que nesse caso o Irão voltará a cumprir todas as suas obrigações.
Em caso contrário, deve considerar-se que o acordo "deixou de existir", adiantou.
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