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Morreu o chefe do Estado-Maior do Exército argelino e pilar do sistema

O chefe de Estado-Maior do Exército argelino, o general Ahmed Gaïd Salah, considerado um pilar do regime desde 1962, morreu hoje, aos 79 anos, de ataque cardíaco, anunciou a televisão pública local.

Morreu o chefe do Estado-Maior do Exército argelino e pilar do sistema
Notícias ao Minuto

11:18 - 23/12/19 por Lusa

Mundo Argélia

Ahmed Gaïd Salah tornou-se o mais alto comando militar depois da demissão, em abril, do Presidente Abdelaziz Bouteflika, tendo assumido o poder de facto até às eleições de 12 de dezembro, que tornaram Abdelmadjid Tebboune no novo chefe de Estado.

"O vice-ministro da Defesa, chefe do Estado-Maior do Exército, morreu hoje de manhã de ataque cardíaco", anunciou um apresentador da televisão nacional Argélia 3, lendo um comunicado de imprensa da presidência da República.

O Presidente Tebboune declarou três dias de luto nacional e instruiu o general Said Chengriha, comandante das Forças Terrestres, a assumir o cargo interinamente, acrescentou o apresentador.

Nascido em 13 de janeiro de 1940, Ahmed Gaïd Salah entrou aos 17 anos para o Exército de Libertação Nacional (NLA) para combater o poder colonial francês, de acordo com sua biografia oficial.

Ahmed Gaïd Salah foi um dos últimos representantes no Exército dos combatentes da Guerra da Independência, um passado do qual os líderes argelinos retiram benefícios políticos há muito tempo.

Nomeado chefe do Estado-Maior do Exército em 2004 pelo Presidente Bouteflika, Ahmed Gaïd Salah detém o recorde de longevidade nesta posição.

Foi um firme apoiante de Bouteflika durante toda a sua presidência, antes de este renunciar, em abril, para tentar acalmar o movimento de protesto popular ("Hirak"), nascido quando o então Presidente anunciou querer candidatar-se a um quinto mandato.

O general Gaïd Salah tornou-se rapidamente impopular para o movimento, surgindo como o garante da sobrevivência do "sistema" que governava a Argélia desde 1962 e que o "Hirak" queria desmantelar.

A sua morte acontece 11 dias depois das eleições presidenciais, nas quais foi eleito um sucessor de Bouteflika, tendo ainda assistido à cerimónia de tomada de posse de Tebboune como Presidente da República, que se realizou na quinta-feira.

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