ONU: Governos das principais economias demonstram pouca vontade de mudar
Uma alta dirigente da Organização das Nações Unidas (ONU) criticou hoje a insuficiência de vontades de mudança manifestadas pelos governos com as principais economias mundiais para responder à crise climática.
© Reuters
Mundo Clima
Ao comentar a 25.ª Conferência das Partes (COP25), que terminou recentemente em Madrid, Patrícia Espinosa, defendeu a importância de realizar "uma avaliação realística e honesta" do seu resultado.
Para a secretária-executiva da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCC, na sigla em inglês), "os países desenvolvidos não responderam aos apelos dos países em desenvolvimento, que querem ajuda financeira, tecnológica e construção de capacidades".
Sem esta ajuda, os países mais pobres "não vão conseguir construir uma adequada resiliência" à rutura climática.
E os principais emissores de gases com efeito de estufa não enviaram sinais claros sobre a sua disposição de melhorar as estratégias para o clima, em particular sobre o aumento das ambições a consagrar nas respetivas Contribuições Nacionalmente Determinadas, que deverão apresentar em 2020.
Contudo, salientou Patrícia Espinosa, que foi ministra dos Negócios Estrangeiros do México, nos textos finais da COP25, "os governos expressaram a necessidade de mais ambição" e concordaram em "melhorar as capacidades dos mais vulneráveis para se adaptarem às alterações climáticas".
Espinosa acrescentou também que "muitas decisões que emergiram da conferência em Madrid pelo menos reconheceram o papel do financiamento, essencial para a ação concreta".
Mas, apesar de vários aspetos positivos que enunciou no seu texto, disponibilizado na página da Convenção-Quadro na Internet, a dirigente da UNFCC salientou que o problema é que "foram poucas as grandes economias que assinalaram estar prontas para mudar de agulha na sua ambição climática
Disponibilizando-se desde já para trabalhar com os governos do Chile, Reino Unido e da Itália para fazer da COP26, em Glasgow, um sucesso, Patrícia Espinosa considerou que "tem de se trabalhar sem parar para responder ao maior desafio desta [da nossa] geração".
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