Cimeira do Sahel convocada por Macron foi adiada para 13 janeiro
A cimeira do Sahel, convocada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, e cancelada na semana passada após um ataque 'jihadista' no Níger, foi novamente marcada para 13 de janeiro, em Pau, no sudoeste da França, anunciou hoje a presidência francesa.
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O objetivo da cimeira é reavaliar "o envolvimento francês" na região, adiantou em comunicado o Eliseu, o Palácio da presidência francesa.
Os presidentes dos cinco países do G5 Sahel (Mali, Níger, Burkina Faso, Chade, Mauritânia) "confirmaram o seu acordo e disponibilidade para esta data", disse à agência France-Presse a presidência francesa, que não tinha inicialmente mencionado o caso da Mauritânia.
Os presidentes do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta, Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, Niger, Mahamadou Issoufou e Chade, Idriss Déby Itno, bem como o Presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Cheikh El Ghazouani, devem estar presentes.
"O objetivo desta cimeira será fazer uma reavaliação do quadro e dos objetivos do empenhamento francês no Sahel. A cimeira deverá também lançar as bases para um maior apoio internacional aos países do Sahel", disse a nota do Eliseu.
Para o efeito, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o vice-presidente da Comissão Europeia e Alto Representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrel, foram igualmente convidados, de acordo com a fonte.
A França tem vindo a apelar, há vários meses, aos seus aliados europeus para que se envolvam mais na crise do Sahel.
O Presidente francês já tinha indicado que queria repensar a Operação Barkhane "nas próximas semanas".
Emmanuel Macron tinha "convocado" os membros do G5 Sahel para a realização da cimeira em 16 de dezembro, em Pau, a cidade onde estavam baseados sete dos 13 soldados franceses da força anti 'jihadista' Barkhane, mortos em 25 de novembro no Mali.
O Presidente francês pediu-lhes que "clarificassem" as suas posições sobre a presença militar francesa no Sahel, que estava a ser cada vez mais contestada na opinião pública.
Macron sublinhou que esperava que eles "assumissem" publicamente o facto de que os soldados franceses estavam no Sahel a pedido dos países em causa, e não para "fins neocoloniais", caso contrário, tiraria todas as conclusões necessárias.
A mensagem foi percebida como uma "convocação" degradante por muitos dos países envolvidos.
Em 11 de dezembro, numa entrevista televisiva, o Presidente do Burkina Faso, Roch Marc Marc Christian Kaboré, criticou "a forma e o conteúdo" da declaração do Macron sobre a reunião, considerando-a "insensível".
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