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Irão afirma que países europeus não podem acionar mecanismo de sanções

O Governo iraniano disse hoje que os países europeus que são parte do acordo nuclear de 2015 não podem acionar um mecanismo incluído no pacto, que poderia levar ao restabelecimento das sanções das Nações Unidas.

Irão afirma que países europeus não podem acionar mecanismo de sanções
Notícias ao Minuto

15:10 - 28/11/19 por Lusa

Mundo Irão

O ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Jean-Yves Le Drian, ameaçou na quarta-feira acionar um mecanismo de resolução de litígios com muitas etapas, que pode durar vários meses e conduzir a uma votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas para decidir se o Irão ainda pode beneficiar do alívio das sanções decidido no acordo nuclear de 2015.

No entanto, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Mousavi, afirmou hoje que o acordo "não autoriza que as partes europeias invoquem o mecanismo na medida em que o Irão exerce o seu direito legal em resposta às ações ilegais e unilaterais dos Estados Unidos".

Num discurso citado pela agência semioficial iraniana ISNA, Mousavi falou ainda de comentários "irresponsáveis", sem referir diretamente o ministro francês.

"Isso descredibiliza enormemente a eficácia das iniciativas para a aplicação global [do acordo de 2015] por todas as partes, segundo o sistema de suspensão das sanções", concluiu o porta-voz iraniano.

Para Le Drian, "dada a sucessão de ações efetuadas pelas autoridades iranianas, que estão gradualmente a romper com o conteúdo do acordo, [acionar o mecanismo] é uma questão que se coloca".

Desde maio, Teerão cometeu uma série de violações do acordo internacional assinado em 2015, para garantir a natureza pacífica do seu programa nuclear, em resposta à retirada dos Estados Unidos do convénio em 2018 e à reposição das sanções norte-americanas que estão a afetar a economia iraniana.

Em 14 de julho de 2015, o Irão e as potências mundiais conseguiram fechar um acordo sobre o programa nuclear iraniano, após 20 meses de intensas negociações entre o país islâmico e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Rússia - e a Alemanha.

No pacto, que entrou em vigor apenas em janeiro de 2016, o Irão concordou particularmente em garantir a natureza exclusivamente civil do seu programa nuclear, restringindo severamente as suas atividades nessa área, obtendo em troca o levantamento de parte das sanções da Organização das Nações Unidas.

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