Líder nacionalista escocesa pede saída de Boris Johnson
A líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), Nicola Sturgeon, afirmou hoje que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, "é perigoso" e o seu acordo de 'Brexit' "desastroso", pedindo que seja afastado do poder nas eleições de 12 de dezembro.
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Mundo Reino Unido/Eleições
Sturgeon, que falava em Glasgow (Escócia) na apresentação do programa do SNP para as legislativas antecipadas de dezembro no Reino Unido, insistiu nas potenciais consequências do 'Brexit' e pediu aos eleitores para votarem no seu partido, que promete convocar um novo referendo sobre a saída da União Europeia (UE).
No referendo de 2016, quase dois terços dos escoceses (62%) votaram pela permanência do Reino Unido na UE.
"Um voto no SNP é um voto para fugir ao 'Brexit', é um voto para colocar o futuro da Escócia nas mãos da Escócia e é um voto para evitar que o Partido Conservador de Boris Johnson tenha uma maioria", disse Sturgeon, frente a um cenário onde se lia a frase "Parar o Brexit".
O primeiro-ministro conservador, argumentou, "é perigoso e inapto" para as funções de chefe de governo e o acordo de saída que negociou com a UE "é desastroso".
"Votando no SNP podemos expulsar os Tories do poder", insistiu a líder nacionalista, que espera conseguir capitalizar a demissão, em agosto, da popular líder dos conservadores na Escócia, Ruth Davidson, por divergências com a linha dura de Johnson em relação à saída da UE.
Nas últimas eleições legislativas, em 2017, o SNP venceu em 35 das 59 circunscrições escocesas.
O partido é a terceira força política na Câmara dos Comuns (650 deputados), depois dos Conservadores e dos Trabalhistas.
"Estamos prontos para falar com outros partidos para formar uma aliança progressista", disse Sturgeon, numa referência à constituição de uma maioria com o Labour.
Em troca do seu apoio, o SNP exige o fim do programa nuclear britânico Trident e a canalização do respetivo orçamento, estimado em 200 mil milhões de libras (cerca de 234 mil milhões de euros), para os serviços públicos.
O SNP quer também organizar um novo referendo sobre a independência da Escócia em 2020, depois de na última consulta, realizada em 2015, 55% dos escoceses terem votado pela permanência no Reino Unido.
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