Os partidos concordaram em apresentar apenas um candidato comum em 60 círculos eleitorais, dos quais 43 serão Liberais Democratas, 10 dos Verdes e sete do Plaid Cymru.
"Esta aliança vai ajudar a eleger mais deputados em favor da permanência na União Europeia", justificou a líder liberal democrata, Jo Swinson, que alegou estar a colocar o "interesse nacional acima" do seu próprio partido.
Também o líder dos nacionalistas galeses Adam Price salientou ser necessário "nestes tempos difíceis ter uma política de adultos" que privilegie o país antes dos partidos.
"O Brexit desejado pelos deputados conservadores seria um desastre para os cidadãos da Inglaterra e do País de Gales, bem como para a luta contra as alterações climáticas", salientou Sian Berry , co-líder dos Verdes.
Esta aliança, a que chamaram "United to Remain" [Unidos para Permanencer] implicou que alguns dos candidatos dos respetivos partidos se retirassem da corrida para favorecer um candidato que os partidos consideraram ter mais hipóteses de vencer naquele círculo eleitoral.
O pacto foi testado com sucesso em agosto na eleição parcial de Brecon e Radnorshire, onde Plaid Cymru e Verdes optaram por não concorrer e endossar a liberal democrata Jane Foods, que foi eleita deputada, derrotando o conservador Chris Davis por 1.425 votos.
O Partido Trabalhista decidiu excluir-se desta aliança, disse o deputado John McDonnell.
"Nunca vamos entrar em pactos, coligações ou acordos como esse. Nós vamos formar um governo", afirmou, durante um comício em Liverpool.
Liberais Democratas, Plaid Cymru e Verdes opõem-se à saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e defendem um segundo referendo, embora os "Lib Dems" tenham admitido revogar a saída se tiverem maioria para formar governo.
O Partido Trabalhista defende a renegociação de um acordo que inclua uma união aduaneira com a UE e alinhamento em termos de legislação laboral e ambiental, o qual depois pretende submeter a um referendo com a opção de o país permanecer no bloco europeu.
O Partido Conservador, que quer uma saída ordenada com o acordo negociado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, em novembro, rejeitou uma aliança com o Partido do Brexit, que favorece uma rutura drástica com a UE.
As eleições legislativas de 12 de dezembro são vistas como uma forma de romper o impasse político no Reino Unido, que tinha previsto sair da UE a 31 de outubro, mas acabou por aceitar um novo prolongamento até 31 de janeiro.