A ideia foi expressa pelo primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-ocha, cujo país detém a presidência rotativa da ASEAN, durante uma conferência inaugural da cimeira regional do Sudeste Asiático, em Banguecoque.
"A segurança e a economia sustentáveis exigem o forte apoio dos nossos parceiros", declarou Prayut Chan-ocha.
A ausência do Presidente norte-americano, Donald Trump, deu o protagonismo desta reunião à China, representada como de costume pelo seu primeiro-ministro, Li Keqiang, que tem procurado fortalecer a influência chinesa na região.
Para além da reunião com Li, a ASEAN reunirá hoje com a delegação indiana, chefiada pelo seu primeiro-ministro, Narendra Modi, bem como com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
O destaque da cimeira são as negociações da Associação Económica Regional Integral (RCEP), com os líderes de 16 países da Ásia e Oceânia a esperar finalizar um acordo de livre comércio que poderá criar a maior aliança económica mundial.
As negociações para a RCEP foram formalmente iniciadas na ASEAN em 2012, no Camboja, e abrangem uma população de 3,4 mil milhões de pessoas, o equivalente a 47% da população mundial.
As disputas no mar do sul da China são outra questão fundamental da ASEAN, que está a preparar com Pequim um Código de Conduta para evitar uma escalada de conflitos.
O grupo também deve abordar o processo de repatriamento dos rohingya, que desde agosto de 2017 iniciaram um êxodo maciço de Myanmar (antiga Birmânia) para o vizinho Bangladesh, após uma campanha militar descrita por investigadores da ONU como "limpeza étnica" com sinais de "genocídio".