CIDH denuncia "violência e repressão alarmantes" no Equador
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciou "situações de violência e repressão alarmantes" registadas este sábado durante os protestos no Equador.
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Mundo Equador
Manifestantes e forças policiais envolveram-se em novos confrontos na capital, Quito, ao 11.º dia de protestos contra o aumento do preço dos combustíveis e a instauração do estado de emergência pelo Governo de Lenín Moreno.
Em comunicado, a CIDH apelou ao "diálogo e ao respeito pelos direitos humanos" e exortou o Estado "a não colocar em risco a vida de crianças, mulheres e idosos indígenas".
Cinco civis, incluindo um dirigente indígena, foram mortos pela polícia desde o início dos protestos, de acordo com os serviços do Defensor do Povo, um organismo estatal que também mencionou 554 feridos e 929 detenções.
A Comissão "condenou fortemente" o disparo de uma arma de fogo no sábado contra um manifestante e exigiu uma investigação.
Por outro lado, condenou os ataques perpetrados por manifestantes contra as sedes da cadeia de televisão Teleamazonas e do jornal El Comercio, apelando ao respeito pelo papel da imprensa.
A subida do preço dos combustíveis foi uma das exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) como contrapartida do resgate financeiro ao país, que se viu endividado após uma década de elevados défices e de queda do preço do petróleo, uma das principais fontes de receita económica do Equador.
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