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RCA: Combates entre milícias provocam pelo menos uma dezena de mortos

Combates entre milícias no sul da República Centro-Africana (RCA) provocaram a morte a pelo menos uma dezena de pessoas na sexta-feira, segundo a Cruz Vermelha, a ONU e várias organizações não-governamentais (ONG).

RCA: Combates entre milícias provocam pelo menos uma dezena de mortos
Notícias ao Minuto

06:01 - 01/10/19 por Lusa

Mundo RCA

A coligação anti-Balaka e o grupo União para a Paz na República Centro-Africana (UPC, na sigla em francês), que se confrontaram, estão, contudo, entre os subscritores do acordo de paz alcançado em fevereiro entre o governo e 14 grupos rebeldes, por um lado, e entre os próprios grupos, por outro.

Os combates ocorreram nas localidades de Bangao e Liotom, na prefeitura de Ouaka, no sul do país, afirmaram na segunda-feira à AFP responsáveis da Missão das Nações Unidas no país (MINUSCA, na sigla em inglês), que falaram de pelo menos 12 mortes, sob anonimato.

"As pessoas fugiram para selva e as localidades à volta ficaram desertas", adiantou à AFP Benoît Nguipouganza, diretor da ONG Caritas, em Bambari, cerca de 100 quilómetros a norte de Lioto.

Dirigentes de outras duas ONG adiantaram que tinham sido incendidas várias casas e a mesquita em Bangao.

A UPC emitiu um comunicado em que acusa os anti-Balaka de a ter atacado e matado "11 pessoas". Os anti-Balaka ainda não reagiram.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.

O Governo centro-africano controla cerca de um quinto do território. O resto é dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

Um acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro pelo Governo e por 14 grupos armados. Um mês mais tarde, as partes entenderam-se sobre um governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.

Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA, cujo 2.º comandante é o major-general Marcos Serronha, onde está a 6.ª Força Nacional Destacada (FND), e militares na Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana, cujo 2.º comandante é o coronel Hilário Peixeiro.

A 6.ª FND, que tem a função de Força de Reação Rápida, integra 180 militares, na sua maioria Paraquedistas, pertencendo 177 ao Exército e três à Força Aérea.

Na RCA estão também 14 elementos da Polícia de Segurança Pública.

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