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Conselheiro próximo do Presidente ucraniano anuncia demissão

O secretário do conselho nacional de segurança e defesa ucraniano, Oleksandre Daniliouk, um dos mais próximos aliados do Presidente Volodymyr Zelensky, anunciou hoje ter apresentado a sua demissão, sem fornecer os motivos da decisão.

Conselheiro próximo do Presidente ucraniano anuncia demissão
Notícias ao Minuto

15:15 - 27/09/19 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Confirmo as informações sobre a minha demissão", escreveu Oleksandre Daniliouk no Facebook, para acrescentar que permanecerá no cargo até à aprovação da sua saída pelo chefe de Estado.

A presidência ucraniana confirmou ter recebido a carta de demissão de Daniliouk, designado para estas funções em maio, e esclareceu que o Presidente "vai analisá-la após o regresso" dos Estados Unidos, onde participa na 74ª Assembleia geral das Nações Unidas.

Desde a chegada ao poder de Volodymyr Zelensky, vencedor destacado da segunda volta das presidenciais em abril, esta é a primeira demissão na cúpula do Estado ucraniano.

Oleksandre Daniliouk não explicou os motivos da sua partida, mas analistas sugerem que poderá estar relacionada com as reservas do Presidente Zelensky em interromper os contactos com um controverso oligarca, Igor Kolomoiski, que tenta retomar o controlo do seu banco nacionalizado em 2016 quando estava à beira da falência.

"Imagino que se sentia incomodado quando se comenta um cada vez maior domínio de Kolomoiski sobre Zelensky e os riscos que implica para a nacionalização do Privatbank", indicou num comentário o economista Timothy Ash, conhecedor a situação na Ucrânia.

Oleksandre Daniliouk, 44 anos, tem sido elogiado pelos credores de fundos ocidentais da Ucrânia.

Foi ministro das Finanças do anterior presidente Petro Poroshenko, até ao seu despedimento em junho de 2018, após ter acusado o então primeiro-ministro, Volodymyr Groysman, de pretender sabotar as suas reformas económicas.

Após a subida ao poder dos pró-ocidentais na Ucrânia em 2014, o FMI concebeu um plano de 17,5 mil milhões de dólares (15 mil milhões de euros) destinado a Kiev, assolado por grave crise económica e financeira, em troca de fortes medidas de austeridades.

Na ocasião, o envio das diversas parcelas desta ajuda foi protelado devido às dificuldades do poder ucraniano em concretizar as medidas exigidas pelo FMI e pelos credores no combate à corrupção.

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