"No mês passado concluímos um acordo com a Boeing para 11 das 17 famílias que representamos", declarou hoje à agência noticiosa AFP Alexandra Wisner, uma das advogadas responsáveis por estes casos no escritório Wisner Law Firm, em Chicago.
De acordo com uma fonte próxima, o construtor aeronáutico norte-americano aceitou pagar 1,2 milhões de dólares (cerca de um milhão de euros) por vítima.
Na terça-feira, as autoridades indonésias apontaram os problemas no projeto e supervisão do Boeing 737 MAX que terão desempenhado um papel importante no acidente da aeronave.
De acordo com as conclusões preliminares de um relatório das autoridades indonésias, a que o The Wall Street Journal teve acesso, o acidente foi também provocado por erros de pilotagem e problemas de manutenção.
Em outubro de 2018, um voo da companhia aérea Lion Air caiu 12 minutos após a descolagem na Indonésia, resultando na morte de 189 passageiros e tripulantes.
Em março deste ano, um voo da Ethiopian Airlines caiu seis minutos após a descolagem, causando 157 mortes.
Os investigadores indonésios ainda podem alterar o relatório que já partilharam com a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla inglesa) e Direção Nacional de Segurança nos Transporte, apontou o Wall Street Journal.
As autoridades norte-americanas devem visitar a Indonésia no final do mês para discutir o assunto.
No dia 03 de junho a Boeing informou as autoridades de aviação dos EUA que mais de 300 modelos de aeronaves 737 NG e 737 MAX têm peças "fabricadas de maneira inapropriada", indicou a FAA.
Uma das partes afetadas é o mecanismo da asa do avião que modifica as características de subida e resistência durante as descolagens e as aterragens, refere a FAA em comunicado.
De acordo com a FAA, a sua investigação determinou que há 32 Boeing NG e 33 Boeing Max afetados nos Estados Unidos. No total são "133 NG e 179 MAX" os aviões afetados em todo o mundo, acrescenta a FAA.
Mais de seis meses depois da imobilização no solo do Boeing 737 MAX, no seguimento de dois acidentes que provocaram 346 mortos, continua sem data o regresso deste aparelho ao ar, indicou ainda na quarta-feira o regulador aéreo dos EUA.
A informação foi avançada pela Agência Federal da Aviação (FAA, na sigla em inglês), cujo presidente, Steve Dickson, indicou que o levantamento da proibição vai ser feito país a país.