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MH17: Holanda apreensiva após libertação condicional de um suspeito

Os investigadores holandeses envolvidos no inquérito à explosão sobre território da Ucrânia do voo MH17, da companhia aérea Malaysia Airlines, manifestaram hoje apreensão por não terem entrevistado um suspeito ucraniano, na sequência da sua libertação condicional por Kiev.

MH17: Holanda apreensiva após libertação condicional de um suspeito
Notícias ao Minuto

16:55 - 05/09/19 por Lusa

Mundo MH17

Antigo responsável pela "defesa antiaérea" dos separatistas do leste da Ucrânia, Volodymyr Tsemakh poderá ser entregue a Moscovo durante uma próxima troca de prisioneiros, admitiram hoje diversos media.

"Pretendíamos que estivesse disponível para o inquérito e lamentamos se isso não ocorrer, porque foi libertado", declarou à agência noticiosa AFP Brechtje van de Moosdijk, a porta-voz do inquérito sobre o MH17.

A mesma responsável considerou que será "provavelmente" mais complicado para a equipa internacional de investigadores (JIT) interrogar Tsemakh após ter sido colocado em liberdade condicional pelo Governo de Kiev.

No entanto, Van de Moosdijk insistiu que o processo de quatro suspeitos, indiciados pela justiça holandesa, "irá prosseguir como previsto" em 2020.

O ministro holandês dos Negócios Estrangeiros, Stef Blok, afirmou permanecer "em estreito contacto com as autoridades ucranianas" sobre esta questão.

O Boeing da Malaysia Airlines, que fazia e ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur em 2014, foi atingido em pleno voo por um míssil quando sobrevoava a zona de conflito armado entre os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia. Não se registaram sobreviventes entre os 298 passageiros e tripulantes.

Detido em junho, Volodymyr Tsemakh comprometeu-se em permanecer na Ucrânia e comparecer no tribunal no âmbito do seu processo por terrorismo, que decorre em Kiev.

"Estamos muito inquietos que Tsemakh desapareça e não esteja disponível para o inquérito do JIT", reagiu Piet Ploeg, presidente de uma associação holandesa das vítimas.

"É possível que nunca mais o vejamos", lamentou.

Na quarta-feira, numa carta dirigida ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, 40 deputados europeus apelaram para que não entregue Tsemakh à Rússia, ao considerá-lo um "suspeito chave" no caso do MH17.

"É manifestamente uma grande preocupação", declarou à AFP a eurodeputada holandesa Kati Piri.

"Não parece constituir um sinal positivo, em particular após Putin ter comentado hoje que o acordo [sobre a troca de prisioneiros] está quase concluído", acrescentou.

Kati Piri preveniu ainda Kiev que a entrega de Tsemakh à Rússia "violaria o seu compromisso [de colaborar] com o inquérito e afetaria seriamente as negociações da Ucrânia com a União Europeia".

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