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Índia considera alarmista resposta do Paquistão ao estatuto da Caxemira

O Governo indiano considerou hoje alarmistas as medidas adotadas na quarta-feira pelo Paquistão de diminuir as relações diplomáticas com a Índia e suspender o comércio bilateral, entre outras, após a revogação do estatuto especial da Caxemira indiana.

Índia considera alarmista resposta do Paquistão ao estatuto da Caxemira
Notícias ao Minuto

10:30 - 08/08/19 por Lusa

Mundo Comércio

"A intenção por trás dessas medidas é obviamente apresentar uma imagem alarmista de nossas relações bilaterais", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia num comunicado, referindo-se à decisão paquistanesa de diminuir as relações diplomáticas.

"O Governo da Índia lamenta esses anúncios feitos ontem (quarta-feira) pelo Paquistão e pede que o país os reveja, para que os canais normais de comunicação diplomática sejam preservados", afirmou.

Na quarta-feira, numa reunião do Conselho de Segurança Nacional (CSN) do Paquistão, presidida pelo primeiro-ministro Imran Khan, foi decidido ativar "todos os canais diplomáticos para expor o brutal regime fascista indiano".

Entre essas medidas, destacou-se "a diminuição nas relações diplomáticas com a Índia" e "suspensão do comércio bilateral".

Islamabad pediu ainda ao exército paquistanês que "permaneça vigilante" e admitiu levar perante a ONU a decisão unilateral do Governo indiano.

O Paquistão opõe-se à decisão do Executivo indiano de modificar o artigo 370 da Constituição da Índia - que garantia um estatuto especial para a Caxemira, região que a Índia e o Paquistão disputam há décadas - e aprovar uma lei no Parlamento indiano que converte a região em "território da união", "controlado pelo Governo federal.

Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia, "os últimos acontecimentos relacionados ao artigo 370 são um assunto puramente interno da Índia", já que a Constituição indiana "sempre foi, é e será um assunto soberano".

"Solicitar interferência nessa jurisdição invocando uma visão alarmista da região nunca terá sucesso", segundo o Ministério indiano.

Na nota, o Ministério sublinhou que a intenção do Governo indiano de dar esse passo na Caxemira tem sido a busca pelo "desenvolvimento" da região, que até então tinha sido "negada".

Outras vozes, no entanto, veem neste movimento de Nova Deli uma tentativa de mudar a demografia da Caxemira indiana, até agora da maioria muçulmana, ao permitir que indianos de outras partes do país, de maioria hindu, adquiram terras na região, algo que lhes era interdito.

A Caxemira indiana vive sob fortes restrições desde o anúncio feito pelo Governo na segunda-feira, com o corte de todas as comunicações e a limitação de reuniões públicas, além de prisão domiciliar de líderes do território.

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