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Liberais Democratas admitem mais alianças anti-Brexit

A líder dos Liberais Democratas britânicos, Jo Swinson, agradeceu hoje aos partidos Plaid Cymru e Verde o apoio na eleição hoje da deputada Jane Foods no círculo de Brecon e Radnorshire, admitindo mais colaboração em futuras eleições.

Liberais Democratas admitem mais alianças anti-Brexit
Notícias ao Minuto

10:56 - 02/08/19 por Lusa

Mundo Brecon

"Agradeço ao Plaid [Cymru] e Verdes por terem colocado o interesse nacional acima do interesse partidário. Eu acredito neste tipo de colaboração entre partidos no interesse nacional quando há tanta coisa em risco em termos do futuro do nosso país para as próximas gerações", afirmou hoje, em declarações à Sky News.

O partido nacionalista galês e o partido ambientalista optaram por não apresentar candidatos à eleição legislativa parcial de quinta-feira para maximizar o voto anti-'Brexit', enquanto o partido Conservador terá perdido votos para o candidato do Partido do 'Brexit'.

Os resultados oficiais anunciados durante a madrugada determinaram a vitória para Jane Dodds por 13.826 votos, mais 1.425 do que os 12.401 do conservador Chris Davies, enquanto que Des Parkinson, do partido do Brexit, recolheu apenas 3.331.

O partido Trabalhista foi o mais afetado, tendo registado uma queda de 12,5% dos votos relativamente às eleições de 2017, com o candidato, Tom Davies, a atrair apenas 1.680 votos.

Jo Swinson lembrou que "esta não é uma vitória isolada", mas segue uma tendência para os Liberais Democratas, que registaram os melhores resultados de sempre em eleições locais de maio e também nas europeias, nas quais superaram tanto o partido Trabalhista como o Conservador.

O resultado em Brecon é significativo porque representa uma vitória num círculo eleitoral que votou para a Saída da União Europeia no referendo de 2016 e o potencial de uma aliança anti-Brexit, que, com este resultado, reduziu a maioria do governo conservador e do Partido Democrata Unionista (DUP) no parlamento para apenas um deputado.

O politólogo John Curtice, da universidade de Strathclyde, considera que os números mostram uma "espécie de ressalto" na popularidade dos conservadores relativamente às últimas eleições europeias e sondagens.

Essa melhoria deve-se ao novo primeiro-ministro, Boris Johnson, e ocorre à custa do partido do 'Brexit', mas ainda não é suficiente para ganhar umas eleições legislativas, defende Curtice.

"Não é substancial o suficiente para alguém querer convocar umas eleições legislativas antecipadas com um grande nível de confiança de que resultaria uma aritmética na Câmara dos Comuns significativamente melhor do que aquela com que o primeiro-ministro vai ter de lidar atualmente", comentou, em declarações à radio BBC Radio 4.

A possibilidade de eleições legislativas antecipadas no outono tem sido evocada devido à ameaça do partido Trabalhista de apresentar uma moção de censura ao governo Boris Johnson, que tem reiterado a determinação de concretizar a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) a 31 de outubro, com ou sem acordo.

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