Modi criticado por meditar em caverna… com direito a serviço de quartos
O primeiro-ministro esteve na véspera das eleições nos Himalaias e vestiu roupas tradicionais hindus. O objetivo era apelar aos seus apoiantes mais religiosos mas o tiro saiu pela culatra.
© BJP/Twitter
Mundo Índia
Na véspera das eleições indianas, consideradas um referendo à sua governação, o primeiro-ministro Narendra Modi esteve nos Himalaias. Envergando um manto cor de laranja semelhante, roupa associada aos hindus, Modi e os seus assessores aproveitaram para publicar fotografias nas quais o primeiro-ministro pode ser visto a meditar nos Himalaias mas também no interior de uma caverna.
O intuito seria apelar aos seus apoiantes mais religiosos e conservadores mas a jogada política não correu da forma esperada e o líder indiano acabou por ser gozado e criticado nas redes sociais, avança o Telegraph.
A própria caverna escolhida para a sua meditação centrou atenções, isto porque não é uma caverna formada naturalmente. Foi construída e serve de retiro para quem quiser reservar um dos seus quartos, que têm eletricidade, água potável, e os hóspedes têm direito a pequeno-almoço, almoço, jantar. Há ainda um telefone e os hóspedes até podem chamar um empregado com um sino, como dá conta o Hindustan Times.
केदारनाथ धाम में कर्मयोगी pic.twitter.com/XK86Fiv8bB
— BJP (@BJP4India) May 18, 2019
Majestic and magnificent. Serene and spiritual. There is something very special about the Himalayas. It is always a humbling experience to return to the mountains. pic.twitter.com/o01iPJ5dl3
— Chowkidar Narendra Modi (@narendramodi) May 19, 2019
“Nenhuma meditação fica completa sem o vestuário certo, uma passadeira vermelha e claro, uma oportunidade para uma fotografia fabricada”, frisou o economista Rupa Subramanya, um antigo apoiante do partido de Modi, o Bharatiya Janata, que entretanto se tornou crítico do primeiro-ministro.
Mas, apesar piadas à meditação de Modi, as sondagens à boca das urnas deste domingo mostram que não só Modi deve manter-se no poder como o seu partido deve sair reforçar a sua maioria no parlamento.
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