Nike admite penalizar atletas grávidas cortando os seus patrocínios
Marca garante, contudo, que já procedeu à atualização dos seus contratos.
![Nike admite penalizar atletas grávidas cortando os seus patrocínios](https://media-manager.noticiasaominuto.com/960/1557824808/naom_5cda84b6810b4.jpg?crop_params=eyJwb3J0cmFpdCI6eyJjcm9wV2lkdGgiOjE3MDYsImNyb3BIZWlnaHQiOjMwMzQsImNyb3BYIjoxODEyLCJjcm9wWSI6MTI0fX0=)
© Getty Images
![Notícias ao Minuto](https://cdn.noticiasaominuto.com/img/equipa/pessoa/andrea_pinto.png)
Mundo Denúncia
A Nike admitiu penalizar as atletas que reduziram o sucesso dos seus resultados por estarem grávidas, ao diminuírem os patrocínios que lhe eram atribuídos. As atletas Alysia Montaño e Kara Goucher foram algumas das visadas quando em 2014 e 2010 decidiram ter filhos.
A empresa admitiu o procedimento depois de um artigo pessoal de Alysia Montaño ter sido publicado esta segunda-feira no New York Times. A atleta ganhou atenções em 2014 por participar num campeonato de atletismo quando estava grávida de oito meses.
"O desporto tem um grande impacto no corpo humano e os patrocinadores reconhecem isso ao atribuírem-nos folgas em caso de lesões. Mas raramente nos oferecem tempo para podermos ter um filho", denunciou.
Um contrato assinado em 2019 com a marca desportiva e que foi partilhada por uma atleta apresenta uma cláusula que admite a possibilidade de a atleta sofrer uma redução em qualquer pagamento caso não atinja os resultados estabelecidos, não havendo qualquer exceção para casos como gravidez, parto ou período após o nascimento de uma criança - isto é, uma licença de maternidade.
Confrontada com a notícia, a Nike reconhece que havia alguma inconsistência nos contratos desportivos, mas que em 2018 padronizou a "abordagem em todos os desportos, de modo a que nenhuma atleta feminina seja penalizada financeiramente pela gravidez ”.
A Nike recusou-se a comentar se as mudanças nesta política foram já incorporadas nos contratos, e também não explicou em que modalidades ou quais os atletas que foram prejudicados pela sua política de tratar a gravidez como algo pior do que uma lesão, mas admitiu que isso foi um problema em geral.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com