Grupo de direitos humanos diz que pena de Assange é "desproporcionada"
A condenação de Julian Assange, cofundador do WikiLeaks, a 50 semanas de prisão por violar as suas condições de liberdade condicional é "desproporcionada", considerou hoje um grupo da ONU mandatado pelo Conselho dos Direitos Humanos.
© Reuters
Mundo WikiLeaks
O grupo, constituído por especialistas independentes (não fala em nome da ONU) para debater as detenções arbitrárias admitiu estar "profundamente preocupado" com a decisão de um tribunal britânico sobre Julian Assange.
Para estes especialistas dos direitos humanos, a sanção imposta constitui "uma pena desproporcionada" que foi imposta a Assange.
O fundador do WikiLeaks negou na quinta-feira, perante um tribunal de Londres, o consentimento para ser extraditado para os EUA, onde é acusado de crimes por divulgação ilegal de informações através do seu portal.
O processo do pedido de extradição de Julian Assage iniciou-se após este ter sido condenado, na quarta-feira, a 50 semanas de prisão por violação da liberdade condicional.
"Não quero entregar-me para ser extraditado (para os EUA) por ter feito jornalismo que obteve vários prémios e protegeu muitas pessoas", justificou Assange.
Um juiz britânico reconheceu que o processo de extradição de Assange para os EUA pode levar "vários meses", tendo sido marcadas novas audiências deste caso para os dias 30 de maio e 12 de junho.
O fundador do WikiLeaks está sob custódia das autoridades britânicas, após ter sido detido em 11 de abril e ter rejeitado pagar uma fiança.
Desde 2012 e até 11 de abril passado, Assange esteve refugiado na embaixada do Equador em Londres.
Nos EUA, Assange é acusado de conspirar com o antigo soldado americano Chelsea Manning para piratear um computador do Pentágono, de forma a revelar informações comprometedoras sobre a atividade das Forças Armadas norte-americanas, nomeadamente sobre um ataque aéreo em Bagdade, no Iraque, em 2007.
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