Juiz decide que museu é proprietário legítimo de quadro roubado por nazis
A família de Lilly Cassirer está envolvida numa batalha legal com o museu Thyssen-Bornemisza há 14 anos.
© iStock
Mundo Estados Unidos
Um juiz federal norte-americano decidiu a favor de um museu espanhol relativamente à propriedade de uma pintura que foi roubada pelos nazis. A BBC refere que a obra pertencia a Lilly Cassirer, que teve de fugir da Alemanha meses antes da Segunda Guerra Mundial começar. Um oficial nazi chantangeou a mulher judia, forçando-a entregar-lhe o quadro em troca de um visto que lhe permitisse deixar a Alemanha.
Várias décadas depois a obra da autoria do pintor Camille Pissarro foi comprada pelo Barão Hans- Heinrich Thyssen-Bornemisza e posteriormente passou a fazer parte da coleção de arte do museu de Madrid com o seu nome.
Desde 2005 que os familiares de Lilly Cassirer estão envolvidos numa batalha legal com o museu espanhol. Agora o juiz John Walter decidiu que o museu é o proprietário legítimo da pintura. De acordo com a lei espanhola, se um colecionador ou museu não sabe que uma obra foi saqueada ou roubada quando a adquiriu, então legalmente têm o direito de ficar com a obra.
Mas apesar da sua decisão, o juiz teceu críticas a Espanha por não ter seguido neste caso os Princípios de Washington sobre arte confiscada aos nazis. Este acordo internacional prevê que as obras saqueadas pelos nazis devem ser devolvidas aos descendentes das pessoas que foram roubadas. Um acordo do qual a Espanha é um dos signatários.
O juiz federal considerou que a insistência de Espanha em manter a obra é “inconsistente” com esse acordo.
Não se sabe se a família de Lilly Cassirer vai recorrer desta decisão.
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