Grupo de Lima reafirma apoio a Juan Guaidó
O Grupo de Lima, que junta países latino-americanos e o Canadá, reafirmou hoje o apoio ao autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e rejeita que os acontecimentos de hoje em Caracas configurem uma tentativa de golpe de Estado.
© Reuters
Mundo Venezuela
Num comunicado de imprensa, os 11 países exigem que se respeite a vida dos membros da Assembleia Nacional - onde a oposição é maioritária -, de todos os líderes das "forças políticas democráticas venezuelanas", bem como a libertação imediata dos presos políticos.
Declarando-se em sessão permanente, o Grupo de Lima acrescenta que reunir-se-á na sexta-feira em Lima, capital do Peru, para analisar a situação na Venezuela.
No comunicado, o Grupo de Lima reitera às forças armadas venezuelanas que manifestem a sua lealdade a Juan Guaidó e advertem o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que ponha termo à "usurpação" da presidência "para que possa começar a transição democrática, a normalização constitucional e a reconstrução económica e social da Venezuela".
Nicolás Maduro e "os grupos armados e de inteligência ao serviço" do "regime ilegítimo" são diretamente responsabilizados "pelo uso indiscriminado da violência para reprimir o processo de transição democrática e o restabelecimento do Estado de direito na Venezuela".
Dirigindo-se à comunidade internacional, o Grupo de Lima apela a que siga "com atenção a evolução dos acontecimentos" e apoie política e diplomaticamente "as legítimas aspirações do povo venezuelano de voltar a viver em democracia e liberdade, sem a opressão do regime ilegítimo e ditatorial de Nicolás Maduro".
Fazem parte do Grupo de Lima a Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru.
O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, desencadeou hoje de madrugada um ato de força contra o regime de Nicolás Maduro em que envolveu militares e para o qual apelou à adesão popular.
O regime ripostou considerando que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado. Não houve, durante o dia, progressos na situação, que continua dominada pelo regime.
Apesar de Guaidó ter afirmado ao longo do dia que tinha os militares do seu lado, nenhuma unidade militar aderiu à iniciativa nem se confirmou qualquer deserção de altas patentes militares fiéis a Nicolas Maduro.
O opositor venezuelano Leopoldo López, que cumpria uma pena de cerca de 14 anos em regime de prisão domiciliária, foi hoje libertado e surgiu junto do autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó.
Entretanto, Leopoldo López e a sua família estão na Embaixada do Chile em Caracas, onde, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros chileno, entraram como "convidados".
Alguns utilizadores indicaram, ao longo do dia, que perderam o acesso a redes sociais (como o Twitter, o YouTube ou o Facebook), enquanto as comunicações telefónicas estiveram muitas vezes interrompidas.
Face à situação que se vive na Venezuela, o Governo português já indicou que, até ao início da noite em Portugal, não havia registo de problemas com a comunidade portuguesa.
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