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Libertado jornalista sudanês detido após criticar ações de Presidente

Um jornalista sudanês detido em fevereiro após criticar a declaração de estado de emergência anunciada pelo Presidente do Sudão, Omar al-Bashir, foi hoje libertado, anunciou hoje o jornal onde trabalha.

Libertado jornalista sudanês detido após criticar ações de Presidente
Notícias ao Minuto

20:51 - 29/03/19 por Lusa

Mundo Fevereiro

Na sua página na rede social Facebook, o Al-Tayyar, jornal sudanês independente, escreveu hoje que Osman Mirghani tinha sido libertado.

Osman Mirghani, chefe de redação do jornal independente Al-Tayyar, foi detido no final de fevereiro, após ter criticado o estado de emergência declarado pelo Presidente, Omar al-Bashir, no dia 22 desse mês.

Antes de ser detido, Mirghani afirmara à cadeia de televisão Sky News Arabia que o estado de emergência decretado por al-Bashir iria provocar "uma nova vaga de manifestações".

Para a organização não-governamental (ONG) de defesa da liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras, Mirghani estava "claramente a pagar pelas suas críticas".

Mirghani tinha sido já detido várias vezes por agentes dos Serviços de Inteligência e Segurança do Sudão (NISS), que chegaram a limitar a publicação do jornal.

O estado de emergência decretado em 22 de fevereiro surgiu numa altura em que o Sudão era palco de várias manifestações, depois da decisão do Governo em triplicar o preço do pão num país que enfrenta uma crise financeira e social.

O que inicialmente era uma contestação contra o aumento dos preços do pão acabou por transformar-se num movimento contra o Presidente al-Bashir, de 75 anos, que governa o país desde 1989.

Num esforço para conter a contestação, o chefe de Estado sudanês afirmou que a participação em manifestações poderia ser punida com até dez anos de prisão, uma medida que em março foi reduzida até um máximo seis meses.

Os mais recentes números oficiais apontam para 31 mortos desde 19 de dezembro, embora a ONG Human Rights Watch (HRW) diga contabilizar 51.

Desde dezembro, os NISS detiveram centenas de manifestantes, membros da oposição e jornalistas, segundo várias ONG. De acordo com os Repórteres Sem Fronteiras, em 2018, o Sudão ocupava a 174.ª posição entre 180 países no campo da liberdade de imprensa.

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