POUPANÇA NO MINUTO
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Amargura e raiva no dia em que o Reino Unido devia ter partido
Milhares de manifestantes reuniram-se hoje frente ao Parlamento britânico, para exigir a aplicação do 'Brexit', no dia em que o Reino Unido deveria ter abandonado a União Europeia.
© Reuters
Mundo Brexit
Os cartazes tinham mensagens dirigidas aos deputados que hoje rejeitaram, pela terceira vez, o acordo da primeira-ministra, Theresa May, para o 'Brexit', deixando, de novo, o país perante a incerteza: "Nós votámos para sair" e "Tenham vergonha".
Para os manifestantes, que responderam ao apelo do movimento "Leave means Leave (Partir quer dizer Partir)", o importante é deixar a União Europeia, mesmo que seja sem um acordo.
"Nenhum acordo, nenhum problema", dizia um dos cartazes, enquanto os manifestantes pediam um 'Hard Brexit', uma saída dura e rápida da comunidade europeia.
"Devíamos ter saído hoje da União", disse à agência France Presse Will Smallwood, de 70 anos, residente em Chichester, que se deslocou até Londres para "pedir aos deputados para fazerem alguma coisa".
Quase três anos depois do referendo de 2016, que deu a vitória ao plano de abandono da União Europeia, os eurocéticos não escondem a amargura por não verem as suas pretensões atendidas e os que defendem a permanência do Reino Unido na União Europeia não entendem esta indecisão
Um desses defensores da permanência é o presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan, que arranjou um autocarro que andará pelas ruas da cidade a informar os cidadãos europeus sobre o que fazer, depois do 'Brexit'.
No outro lado da barricada, entre os eurocéticos, estão os ativistas que hoje terminaram uma caminhada de 450 quilómetros, desde o nordeste de Inglaterra até Londres, vestidos com uma capa com a bandeira do país, cantando o refrão de uma música do grupo musical Queen: "I want to be free! (Eu quero libertar-me)".
Para a noite de hoje, estão marcadas "festas de partida" em vários bares de Londres.
O clube de trabalhadores de Behtnal Green promete uma "noite apocalíptica", para festejar como se "fosse o fim do mundo".
Mais sóbria, a Igreja Anglicana pede aos britânicos para confiarem em Deus, para a salvação do pais, anunciando sessões de oração para o fim de semana.
Entre os textos sugeridos para a oração pelo Reino Unido, um texto pede para que Deus una a nação e guie os líderes políticos.
Não se sabe para que destino...
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