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Execuções adiadas no Ohio para encontrar novas drogas de injeção letal

O governador do Ohio adiou hoje três execuções para que o sistema prisional daquele Estado norte-americano desenvolva um novo protocolo de injeção letal, em resposta às críticas de um juiz federal à primeira droga usada no atual processo.

Execuções adiadas no Ohio para encontrar novas drogas de injeção letal
Notícias ao Minuto

18:26 - 07/03/19 por Lusa

Mundo Estados Unidos

Numa decisão emitida em janeiro, o juiz federal Michael Merz pôs em causa a constitucionalidade do método utilizado pelo Estado do Ohio, alegando que os condenados a pena de morte poderiam sofrer dores fortes e uma experiência semelhante a tortura com água ('waterboarding'), porque a droga que lhes era inicialmente ministrada, o sedativo midazolam, não os deixava totalmente inconscientes.

O governador Mike DeWine, republicano, adiou uma execução em fevereiro depois da decisão do juiz federal e ordenou ao Departamento de Reabilitação e Correção que desenvolvesse um novo 'cocktail' para injeção letal.

"Enquanto eu for o governador, o Ohio não vai executar uma pessoa depois de um juiz federal ter considerado que se trata de uma punição invulgar e cruel", afirmou DeWine no mês passado.

Mas Merz perguntou então por que estava o Ohio a preparar-se para mais execuções, dada aquela diretiva.

DeWine disse hoje ser "altamente improvável" que qualquer novo método de injeção superasse os esperados procedimentos judiciais a tempo das três próximas execuções, razão pela qual procedeu ao adiamento das mesmas.

O governador "tem também consciência do trauma emocional vivido pelas famílias das vítimas, pela acusação, pelas forças policiais e pelos funcionários do sistema prisional estadual quando uma execução é preparada e depois reagendada", declarou o gabinete de DeWine em comunicado.

Assim, os três homicidas que se encontram no corredor da morte de estabelecimentos prisionais do Ohio e cujas execuções por injeção letal estavam marcadas para 29 de maio, 10 de julho e 14 de agosto, serão mortos a 13 de novembro e 16 de janeiro e 12 de março de 2020, respetivamente.

A execução do condenado anteriormente adiada pelo governador estava agendada para 13 de fevereiro e passou para 12 de setembro.

É uma incógnita se alguma destas execuções acontecerá nestas novas datas, já que o Ohio, como outros Estados norte-americanos onde vigora a pena de morte, tem tido dificuldades em encontrar drogas para injeção letal.

Além disso, mesmo que anunciasse um novo procedimento este mês, o método seria depois submetido a meses ou anos de escrutínio judicial.

Depois de o Ohio ter começado a pesquisar novas drogas em 2014, levou mais de três anos a aprovar o seu atual protocolo de injeção letal, com três drogas.

Desde então, tornou-se ainda mais difícil aos Estados norte-americanos encontrarem drogas eficazes.

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