Ex-chefe da contraespionagem reconhece Guaidó com presidente
O ex-chefe da contraespionagem militar da Venezuela Hugo Carvajal, que foi deputado de Hugo Chávez na Assembleia Nacional, reconheceu hoje o líder do parlamento, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela.
© Reuters
Mundo Venezuela
"Presidente interino da República Bolivariana da Venezuela, aqui está mais um soldado pelas causas da liberdade e da democracia para ser útil na consecução dos objetivos de restaurar a ordem constitucional que nos permita convocar eleições livres", disse Hugo Carvajal, num vídeo publicado na rede social Twitter.
O ex-militar venezuelano está na "lista negra" do Tesouro dos Estados Unidos por alegado tráfico de drogas e branqueamento de capitais.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, apelou na segunda-feira aos chefes militares venezuelanos para se juntarem ao opositor e autoproclamado presidente Juan Guaidó e deixarem entrar a ajuda humanitária no país, sem o que se arriscam a várias perdas.
"Os olhos do mundo inteiro estão focados em vocês", disse Trump.
"Vocês podem escolher aceitar a oferta generosa de amnistia do presidente Guaidó e viverem em paz com os vossos (...). Senão, podem escolher a segunda via: continuar a apoiar Maduro [Presidente da Venezuela]. Neste caso, não vão ter locais para se refugiarem. Não vão ter saída possível. Vão perder tudo", enfatizou Donald Trump.
No mesmo dia, a assessora de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, dissera que os dirigentes norte-americanos "sabiam onde os oficiais militares [da Venezuela] e as suas famílias tinham dinheiro escondido no mundo".
A crise política na Venezuela, onde vivem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes, agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres, mas Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, fala numa tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
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