Delegação do Parlamento Europeu em Caracas a partir de domingo
Uma delegação do Parlamento Europeu (PE) chega à Venezuela no domingo para manter diversas reuniões, incluindo com o chefe do parlamento, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente e foi reconhecido por dezenas de países.
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Mundo Venezuela
Seis membros do PE vão integrar esta delegação que se vai manter até terça-feira no país caribenho e que prevê contactos com embaixadores europeus, indicou fonte diplomática à agência noticiosa Efe.
Até ao momento não estava confirmado qualquer encontro entre esta delegação, que integra diversos eurodeputados do Partido Popular Europeu (PPE, conservadores) e membros do Governo de Nicolás Maduro, Presidente venezuelano.
Maduro considera que a União Europeia (UE) deve ratificar a sua política sobre a Venezuela porque "se associou de forma acrítica ao golpismo", fomentado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, e apenas escuta uma parte do seu país, numa referência à oposição.
No dia 31 de janeiro, o PE reconheceu Guaidó como presidente legítimo da Venezuela, à semelhança da maioria dos países da UE, e na sequência da posição inicialmente assumida pelos Estados Unidos.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.
Na Venezuela residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
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