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Erdogan critica EUA pelo atraso no estabelecimento de zona de segurança

O Presidente da Turquia criticou hoje vigorosamente os Estados Unidos pelos atrasos no estabelecimento de uma zona de segurança na Síria, e assegurou que a Turquia avançará sozinha caso Washington não contribua para a sua concretização.

Erdogan critica EUA pelo atraso no estabelecimento de zona de segurança
Notícias ao Minuto

17:15 - 05/02/19 por Lusa

Mundo Fronteira

Em janeiro, Erdogan e o seu homólogo dos EUA Donald Trump discutiram a formação de uma zona de segurança na Síria, a leste do rio Eufrates. A Turquia exigiu a retirada das milícias curdas sírias presentes nessa região, e o líder turco solicitou apoio logístico e financeiro norte-americano para a criação desta "zona tampão".

As principais formações curdas da Síria, consideradas "organizações terroristas" pela Turquia, rejeitaram a proposta turca para uma "zona de segurança", ao referirem que o controlo por Ancara de uma área fronteiriça de 32 quilómetros poderá constituir uma ameaça às populações curdas locais.

Num discurso perante os deputados do seu partido no parlamento, Erdogan disse que caso os Estados Unidos "não mantenham as suas promessas de limpar a região de terroristas e não contribuam para a criação de uma zona de segurança sob controlo turco, então nós próprios no encarregaremos dessa tarefa".

Erdogan alertou que a "paciência" de Ancara está a esgotar-se devido ao atraso na retirada dos combatentes curdos da cidade de Manbij, norte da Síria, patrulhadas por tropas norte-americanas.

"A nossa paciência tem limites. Se os terroristas não forem retirados de Manbij dentro de algumas semanas, o nosso tempo de espera chegará ao fim", assegurou.

"Da mesma forma, se a população do leste do Eufrates não for autorizada a estabelecer as suas instituições autónomas com o apoio da Turquia, então o nosso tempo de espera também chegará ao fim", prosseguiu Erdogan.

"Por outras palavras, temos o direito de estabelecer os nossos planos... Nenhuma ameaça conseguirá desviar-nos do nosso caminho, incluindo sermos colocados numa lista de sanções", assinalou. Erdogan referia-se aparentemente à imposição de sanções a Ancara pelos Estados Unidos em 2018 devido ao caso do pastor evangélico Andrew Brunson, libertado em outubro passado após dois anos sob detenção na Turquia.

Em janeiro, Trump ameaçou "devastar" a economia turca caso este país ataque as forças curdas na sequência de anunciada retirada militar norte-americana da Síria.

Erdogan também referiu que as conversações com Trump sobre estas questões foram "produtivas e prometedoras", mas acrescentou: "Não estamos a obter a mesma produtividade nos encontros militares e diplomáticos de mais baixo nível".

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