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Venezuela: UE exige libertação de jornalistas detidos

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, exigiu hoje a libertação dos cinco jornalistas, dois franceses e três da agência espanhola EFE, detidos na Venezuela.

Venezuela: UE exige libertação de jornalistas detidos
Notícias ao Minuto

14:22 - 31/01/19 por Lusa

Mundo Federica Mogherini

"Apelo em nome pessoal à libertação dos jornalistas", disse a Alta Representante da União Europeia (UE) para Política Externa em Bucareste, onde está a decorrer a reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE).

Na reação à detenção de dois jornalistas franceses e de três profissionais da EFE, Mogherini defendeu que "todos os jornalistas devem ter condições para exercer a sua profissão".

Os repórteres franceses Pierre Caillé e Baptiste des Monstiers, que trabalham para o canal francês de origem monegasco TMC, filmavam a fachada do palácio presidencial na terça-feira à noite quando foram detidos, indicaram fontes diplomáticas à agência France-Presse.

Os jornalistas foram presos "juntamente com o seu produtor no país, Rolando Rodriguez", precisou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP). "Desde então, perdemos o contacto com eles", acrescentou o principal sindicato de jornalista da Venezuela.

Também a diretora da delegação de Caracas da agência espanhola EFE, Nélida Fernández, revelou na quarta-feira à noite à France-Presse que três dos seus colegas foram detidos: o jornalista espanhol Gonzalo Domínguez, a repórter de imagem Mauren Barriga e o fotógrafo Leonardo Muñoz, ambos colombianos, além do motorista venezuelano que seguia com os três.

Inúmeros jornalistas estrangeiros foram detidos ou expulsos da Venezuela nos últimos anos, por não terem visto de jornalista.

A crise política na Venezuela agravou-se há uma semana, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, chefe de Estado desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento, maioritariamente da oposição, como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos da América.

A União Europeia fez um ultimato a Maduro para convocar eleições nos próximos dias, prazo que Espanha, Portugal, França, Alemanha e Reino Unido indicaram ser de oito dias (a contar desde sábado passado), findo o qual os 28 reconhecem a autoridade de Juan Guaidó e da Assembleia Nacional para liderar o processo eleitoral.

Já hoje, o Parlamento Europeu reconheceu Juan Guaidó como o "Presidente interino legítimo" da Venezuela e exortou a União Europeia (UE) e os seus Estados-membros a assumirem uma posição semelhante, enquanto não for possível convocar eleições presidenciais.

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