Japão pede à UE e a Londres menor impacto possível na economia global
O Governo japonês pediu hoje ao Reino Unido e à União Europeia que tentem minimizar o possível impacto do 'Brexit' na economia global, horas depois do parlamento britânico ter chumbado o acordo negociado entre as duas partes.
© Reuters
Mundo Brexit
Em conferência de imprensa, o porta-voz do governo nipónico reiterou a preocupação com que Tóquio "observa de perto" a chamada "crise do 'Brexit'" [saída do Reino Unido da UE], agravada pela decisão tomada na terça-feira pelo parlamento britânico.
O Japão "pediu repetidamente a ambas as partes para incluir os princípios de previsibilidade e estabilidade jurídica no processo de saída, com o objetivo de minimizar o impacto negativo sobre as empresas japonesas, sediadas no país, e sobre a economia global", disse Yoshihide Suga.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, transmitiu este pedido à homóloga britânica, Theresa May, numa cimeira bilateral realizada na semana passada durante uma visita ao Reino Unido.
O governo japonês "vai continuar a seguir os passos dados por ambas as partes e a oferecer assistência às empresas japonesas sediadas no Reino Unido", sublinhou Suga.
Com mais de mil empresas, que empregam cerca de 150 mil pessoas, o Japão é o segundo maior investidor estrangeiro no Reino Unido depois dos Estados Unidos, pelo que Tóquio exigiu de Londres garantias de que estas empresas não serão prejudicadas durante o período de transição.
Na terça-feira, o Parlamento britânico rejeitou o acordo de saída do Reino Unido da UE negociado pelo Governo de Theresa May com Bruxelas, por 432 votos contra e apenas 202 a favor.
A dois meses e meio da data prevista para a saída britânica da UE, os deputados da Câmara dos Comuns rejeitaram o acordo de saída, apesar do último apelo feito pela primeira-ministra, imediatamente antes da votação, contra "a incerteza" que a rejeição do texto provocaria.
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