Maduro insta Grupo de Lima a retificar e adverte sobre "duras medidas"
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, condenou hoje as declarações do Grupo de Lima, que se recusa a reconhecer o seu novo mandato que iniciará esta quinta-feira, e instou a que retifiquem advertindo sobre "duras medidas".
© Reuters
Mundo Venezuela
"Hoje foi entregue, a todos os Governos do 'cartel' de Lima esta nota de protesto diplomático, em que exigimos uma retificação das suas posições sobre a Venezuela, em 48 horas", disse.
Nicolás Maduro falava em Caracas, numa conferência de imprensa durante a qual sublinhou que se não houver retificação "o Governo da Venezuela tomará as mais urgentes e duras medidas diplomáticas, para a defesa da integridade, da soberania e da dignidade da nossa Venezuela".
Por outro lado, explicou que "também nesta oportunidade, chova, troveje ou relampagueie" a Venezuela voltará a triunfar.
"Converteram uma tomada de posse, formal, protocolar, natural, de um país democrático, demonstradamente livre e democrático como a Venezuela, numa guerra mundial. Desataram as forças extremistas contra a Venezuela com o único objetivo de desestabilizar o nosso país, enchê-lo de violência, de confusão, de caos, para pôr-lhe a mão", disse.
Nicolás Maduro voltou a denunciar que está em curso um golpe de Estado contra o seu Governo, comandado desde Washington e chamou as instituições venezuelanos a estar alerta perante ações desestabilizadoras.
"Quem pretender dar um golpe de Estado enfrentará as forças armadas", disse.
Durante a conferencia de imprensa, Nicolás Maduro acusou a oposição venezuelana de "apostar em soluções extremistas".
Por outro lado, disse estar na disposição de iniciar um diálogo com a oposição.
"Oxalá se dê um diálogo político sério, pela paz no pais. E digo o mesmo, com o Governo dos Estados Unidos. Eu acredito no diálogo, oxalá o Governo dos Estados Unidos retifique a política iniciada por Barack Obama", disse.
A 4 de janeiro último os países do Grupo de Lima, com exceção do México, assinaram um documento em que acordavam não reconhecer o novo mandado do Presidente Nicolás Maduro, que inicia esta quinta-feira.
O Grupo de Lima é formado pelos Governos da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lucia.
O Presidente da Venezuela vai prestar juramento para um novo mandado presidencial, perante o Supremo Tribunal de Justiça, ao invés da Assembleia Nacional (parlamento, onde a oposição detém a maioria) já que reconhece a legitimidade deste órgão, que acusa de estar a afrontar as sentenças daquele tribunal.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Maduro foi reeleito para um novo mandato presidencial nas eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, com 6.248.864 votos (67,84%).
Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados, alegando irregularidades e o não respeito pelos tratados de direitos humanos ou pela Constituição da Venezuela.
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