Forças Armadas declaram "apoio e lealdade" a Nicolás Maduro
As Forças Armadas da Venezuela (FAV) emitiram hoje um comunicado em que declaram "irrestrito apoio e lealdade" a Nicolás Maduro durante o novo mandato que assumirá a 10 de junho.
© Reuters
Mundo Venezuela
O comunicado foi lido pelo ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, durante uma conferência de imprensa no Ministério do Poder Popular para a Defesa, em Caracas.
Por outro lado, as FAV expressaram "profunda indignação" pelo "nefasto ato de intromissão" de um grupo de governos da América Latina que, "sob os auspícios dos Estados Unidos", emitiram, a 4 de janeiro um comunicado em que não reconheciam a legitimidade do Presidente Nicolás Maduro e os "direitos irrenunciáveis da Venezuela sobre o território Esequibo (zona em reclamação entre a Venezuela e a Guiana)".
"Há uma longa história de deplorável submissão das oligarquias que têm governado a América Latina durante séculos, em contraposição à dignidade dos seus próprios povos e subjugando os sagrados interesses das suas nações aos de potências estrangeiras", acrescenta o comunicado.
O documento prossegue sublinhando que "a Venezuela, particularmente, tem sofrido, desde o seu nascimento como República (...) um acérrimo anti-bolivarianismo, muito especialmente do império norte-americano".
No comunicado, as FAV condenam a declaração do Grupo de Lima, face à sua "ingerência" e por instar a Venezuela a desistir de ações constitucionais para assegurar a integridade do espaço geográfico.
O Grupo de Lima, com exceção do México, não reconhece o novo mandado de seis anos que o presidente Nicolás Maduro iniciará a 10 de janeiro.
O presidente da Venezuela vai prestar juramento para um novo mandado presidencial perante o Supremo Tribunal de Justiça, ao invés da Assembleia Nacional (parlamento, onde a oposição detém a maioria), já que Maduro não reconhece a legitimidade deste órgão, que acusa de estar a afrontar as sentenças daquele tribunal.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Maduro foi reeleito para um novo mandato presidencial nas eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, com 6.248.864 votos (67,84%).
Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados, alegando irregularidades e o não respeito pelos tratados de direitos humanos ou pela Constituição da Venezuela.
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