Real Madrid homenageia ativista palestiniana e é alvo de críticas
Adolescente esteve quase oito meses presa em Israel por esbofetear um soldado. Autoridades israelitas condenaram homenagem do Real Madrid à jovem que se tornou um ícone da resistência palestiniana contra a ocupação israelita.
© Reuters
Mundo Palestina
A ativista palestiniana Ahed Tamimi, cuja detenção, no ano passado, gerou condenação um pouco por todo o mundo, foi homenageada pelo Real Madrid C.F.
A jovem de 17 anos, recorde-se, foi detida em dezembro de 2017 depois de ter sido divulgado um vídeo dela a esbofetear um soldado israelita que terá utilizado balas de borracha para atacar o seu primo de 14 anos, em Nabi Saleh, na Cisjordânia ocupada.
Ahed Tamimi passou seis meses numa prisão israelita, num caso que chamou a atenção da comunidade internacional para as detenções arbitrárias de crianças palestinianas em prisões israelitas.
Devido à forma como enfrentou os soldados e à sua resiliência, Tamimi tornou-se símbolo da resistência palestiniana contra a ocupação israelita.
Depois de ter cumprido oito meses de prisão, Tamimi foi libertada no final de julho. Neste momento, encontra-se na Europa, para participar em diversas conferências.
Real Madrid welcomed Palestinian teenage activist Ahed Tamimi to the Santiago Bernabeu yesterday after spending eight months in prison for slapping an Israeli soldier in December 2017. pic.twitter.com/YhHgC8LkjW
— RMadridHome (@RMadridHome_) September 29, 2018
No sábado, deslocou-se a Madrid e foi homenageada pelo Real Madrid C.F. O antigo jogador merengue Emilio Butragueno ofereceu uma camisola do clube à jovem, uma homenagem que não foi bem aceite por Israel.
O porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros israelita, Emmanuel Nahson, acusou o clube espanhol de “receber uma terrorista que incita ao ódio e à violência”. "O que tem isto a ver com os valores do futebol?", questionou.
Já o embaixador israelita em Espanha acusou o Real Madrid de “encorajar indiretamente a agressão”. “Ahed Tamimi não luta pela paz, ela defende a violência e o terror. As instituições que a recebem e celebram encorajam indiretamente a agressão e não o diálogo e compreensão que precisamos. Hoje não vou ao Bernabeu [estádio do Real Madrid], escreveu Daniel Kutner.
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