EUA repatriam 64 soldados sul-coreanos mortos na Guerra da Coreia
Os Estados Unidos vão repatriar hoje os restos de 64 soldados sul-coreanos mortos na Guerra da Coreia (1950-1953), recuperados nas operações de busca de militares desaparecidos no conflito realizadas na Coreia do Norte entre os anos 1996 e 2005.
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Mundo Coreias
Trata-se do maior repatriamento de restos mortais de militares entre ambos os países ao longo da história e da primeira desde 2012, quando Washington entregou a Seul o que recuperaram de 12 dos seus militares.
Apesar de "os restos não terem sido identificados individualmente", os exames realizados até agora permitiram à Agência de Contabilização de Desaparecidos em Combate e Prisioneiros de Guerra (DPAA), do Departamento de Defesa norte-americano, concluir que pertencem a soldados sul-coreanos, indicou a instituição em comunicado.
"Os restos foram analisados de forma conjunta pelo laboratório da DPAA e por cientistas da Agência de Recuperação de Soldados Mortos em Combate do Ministério da Defesa da Coreia do Norte, ao longo do mês passado", refere a nota de imprensa.
Antes da repatriação dos restos, celebrar-se-á uma cerimónia na base norte-americana de Pearl Harbor-Hickam, situada no Hawai, na qual participarão o subdiretor da DPAA, o contra-almirante do Exército dos Estados Unidos Jon Kreitz, e o vice-ministro da Defesa sul-coreano, Choo Suk Suh.
A entrega dos restos mortais ocorre num momento em que a recuperação de militares desaparecidos na Guerra da Coreia recebeu um novo impulso graças às conversações em curso entre Washington, Seul e Pyongyang, que poderão servir para pôr fim a um conflito que tecnicamente continua em aberto há mais de 60 anos, porque terminou com um armistício e nunca foi assinado um tratado de paz.
No âmbito dessas conversações, a Coreia do Norte entregou a 27 de julho deste ano aos Estados Unidos 55 urnas contendo os restos mortais de soldados norte-americanos desaparecidos na Guerra da Coreia.
A DPAA anunciou na semana passada que ambos os países estão a negociar a possibilidade de retomar as operações de busca de soldados que continuam desaparecidos em território norte-coreano, suspensas em 2005.
Mais de 36.000 militares norte-americanos morreram na Guerra da Coreia, e cerca de 7.700 foram dados como desaparecidos, pensando-se que o desaparecimento de 5.300 deles terá ocorrido a norte do paralelo 38.
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