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EUA elogiam liderança do Brasil contra "regime opressor" da Venezuela

O secretário da Defesa norte-americano, James Mattis, insistiu hoje no Brasil no compromisso dos EUA "a longo prazo" com a América do Sul e elogiou a liderança de Brasília frente ao "regime opressor" na Venezuela.

EUA elogiam liderança do Brasil contra "regime opressor" da Venezuela
Notícias ao Minuto

16:20 - 14/08/18 por Lusa

Mundo James Mattis

"Estamos ao lado do Brasil e de outros países a região contra a instabilidade e apoiamos o povo da Venezuela, que se encontra numa tragédia forçada por um regime opressor e sedento de poder que obriga as pessoas a procurar refúgio no Brasil, Colômbia e outros lugares", disse o governante, no Rio de Janeiro, no segundo e último dia da sua visita ao Brasil.

Durante uma intervenção perante cadetes da Escola Superior de Guerra, Mattis referiu-se ao "brilhante futuro" que disse antever na relação entre as duas nações, o que, afirmou, tem o seu reflexo na liderança brasileira em crises humanitárias como as da Venezuela, Haiti ou Líbano.

O Brasil recebeu nos últimos meses cerca de 50 mil venezuelanos, que fogem da crise económica, social e política no seu país, e tanto a situação na Venezuela como a dos refugiados tornou-se um motivo de preocupação para Washington e Brasília.

Antes, o governante norte-americano reiterou o compromisso norte-americano "a longo prazo" com a América do Sul.

"Os Estados Unidos pensam a longo prazo na América do Sul, conscientes de que o sucesso e a segurança das gerações futuras depende de quão bem nós construamos uma relação de confiança com os nossos parceiros no hemisfério ocidental", disse Mattis, num discurso realizado durante uma visita a uma base naval no Rio de Janeiro.

O governante norte-americano citou como exemplos do compromisso dos EUA o apoio fornecido pelo Pentágono em tarefas de busca do submarino argentino San Juan, que desapareceu no ano passado com 44 marinheiros a bordo, e também a crise de refugiados da Venezuela que tem afetado países vizinhos, incluindo o Brasil.

"Queremos ser o parceiro da vossa escolha", disse Mattis, numa clara referência à crescente influência da China na região.

Hoje, o representante do Governo dos norte-americano ainda irá visitar um monumento em homenagem aos mortos da II Guerra Mundial na capital 'carioca'.

James Mattis iniciou a sua visita ao Brasil esta segunda-feira, com uma reunião com o seu homólogo brasileiro, o general Joaquim Silva e Luna, com os dois a destacaram a sintonia entre os dois países, que poderá ter reflexos num acordo, no futuro, sobre o uso da base da lançamentos de Alcântara, no Maranhão.

Na madrugada de hoje, já no Rio de Janeiro, James Mattis e a sua comitiva foram acordados pelo som de um tiroteio na favela Chapéu Mangueira, na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

Segundo informações da agência espanhola, Efe, Mattis terá ouvido disparos por volta das 04:00 (08:00 em Lisboa).

Depois de visitar Brasília, a delegação norte-americana chegou na segunda-feira à noite ao Rio de Janeiro e hospedou-se em um hotel de luxo no bairro do Leme, em frente à emblemática praia de Copacabana.

Embora seja uma área geralmente tranquila, logo atrás do Leme estão as favelas de Chapéu Mangueira e Babilónia, onde são comuns as trocas de tiros.

Hoje à tarde, a delegação norte-americana viajará para Buenos Aires, onde Mattis deverá reunir-se com o ministro da Defesa da Argentina, Oscar Aguad, com quem pretende tratar de vários assuntos de "interesse comum" para os dois países, segundo relatou o Pentágono nos dias que antecederam a viagem.

De lá o secretário de Defesa norte-americano seguirá para Santiago, capital do Chile, e Bogotá, capital da Colômbia, onde porá fim a sua primeira visita oficial à América do Sul.

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