Cerca de 2.500 migrantes menores na Grécia em situação "perigosa"
Cerca de 2.500 migrantes menores não acompanhados na Grécia, que representam dois terços do total deste grupo e registados, não possuem uma estrutura de alojamento e estão em situação "perigosa", alertou hoje a organização não-governamental (ONG) Metadrasi.
© Reuters
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"De acordo com os dados do Centro de solidariedade social [Ekka], 3.670 menores não acompanhados encontram-se atualmente no país e apenas 1.135 garantem alojamento em casas ou em famílias, com os restantes confrontados com uma situação perigosa", indicou Evdokia Gryllaki, responsável na Metadrasi pela gestão de menores não acompanhados.
A maioria dos menores não protegidos são paquistaneses, 38,4% do total, que "não possuem o perfil habitual do refugiado que tenha a possibilidade de beneficiar de proteção, como é por exemplo o caso dos sírios", lamentou esta responsável durante uma conferência de imprensa em Atenas sobre esta situação.
Evdokia Gryllaki sublinhou ainda que "12% dos menores sem proteção são SDF [sem domicílio fixo], e que apenas 66% são escolarizados".
"O atual desafio consiste em encontrar soluções para a sua integração, sobretudo através da sua escolarização, porque a maioria [55,5%] está indicada para permanecer no país" por não estarem incluídos nas categorias de relocalização ou reagrupamento familiar, revelou.
No total, e de acordo com a Ekka, existem na Grécia 28 estruturas de alojamento de menores não acompanhados, com uma capacidade de 1.115 lugares.
A Metadrasi, vocacionada para a defesa dos migrantes e refugiados, em particular dos menores são acompanhados, forneceu apoio desde 2015 -- o ano mais intenso da recente crise migratória -- a 4.133 menores, incluindo 3.633 rapazes, na maioria afegãos, sírios e paquistaneses.
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