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Promoção de militares condicionada a manifestação de lealdade a Maduro

As promoções dos militares na Venezuela estão condicionadas à assinatura de uma carta de lealdade ao Presidente Nicolás Maduro, noticia hoje a imprensa venezuelana.

Promoção de militares condicionada a manifestação de lealdade a Maduro
Notícias ao Minuto

20:50 - 03/07/18 por Lusa

Mundo Venezuela

"A assinatura da carta de lealdade, que o próprio Presidente ordenou, numa cerimónia militar a 24 de maio, converteu-se num requisito chave para concretizar as promoções", denuncia o diário El Nacional.

Citando a presidente da organização não-governamental Controlo Cidadão para a Segurança, Defesa e Forças Armadas, Rocio San Miguel, o jornal sublinha ainda que "o aval da assinatura tem sido exigido a vários oficiais de todas as patentes e componentes" das instituições castrenses venezuelanas.

"Os militares que estão na listagem para ascender a um grau superior, são convocados para assinar (a carta) e se não o fazem são tirados (da lista) (...) É aberrante e constitui mais do que uma chantagem", afirma, precisando que "os que não o façam perderão a carreira".

"O mandatário (Nicolás Maduro) aprofunda os métodos de controlo político sobre as Forças armadas, idealizados pelos cubanos", explica recordando que no passado os militares venezuelanos foram obrigados a usar "consignas" como "pátria, socialismo ou morte".

Por outro lado, o general reformado Juan António Herrera Betancourt questiona a carta de lealdade e sublinha que nem nos tempos do general ditador Juan Vicente Gómez, foi feito tal pedido, que disse atentar contra o profissionalismo da organização militar.

"Logicamente (o Presidente da República) Nicolás Maduro deve sentir-se preocupado. Nas Forças Armadas murmura-se sobre a situação do país, (a) pessoal e familiar. Isso (a crise) é uma realidade também na instituição e daí a quantidade de oficiais detidos", explicou a El Nacional.

O antigo chefe do Comando Unificado das Forças Armadas, general Gonzalo Ordóñez, insiste que segundo a legislação atualmente em vigor a "antiguidade é o mérito, como requisito, para ascender ao cargo (militar) imediatamente superior".

Desde segunda-feira que decorrem, nas instituições castrenses venezuelanas, os atos de promoção de 16.900 militares.

Os atos prolongam-se até sexta-feira e são dirigidos pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.

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