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Regime sírio ataca província de Deraa com recurso a bombas-barril

É a primeira vez em um ano que há registo da utilização deste tipo de arma na região sul da Síria. Bombas-barril causam enormes estragos, não sendo possível direcioná-las para um alvo específico.

Regime sírio ataca província de Deraa com recurso a bombas-barril
Notícias ao Minuto

11:26 - 22/06/18 por Pedro Bastos Reis

Mundo Síria

O regime sírio continua a ofensiva na região de Deraa, controlada maioritariamente por rebeldes, e terá usado, esta sexta-feira, bombas-barril, a primeira vez que o faz em pelo menos um ano.

A denúncia, segundo a Reuters, parte do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma organização com sede em Londres que monitoriza a guerra que já dura há mais de sete anos na Síria. Dos ataques aéreos desta sexta-feira, não há, até ao momento, registo de mortos.

Os últimos dias têm sido de combate em Deraa, no sul da Síria, mas com recurso apenas a artilharia. O regime de Bashar al-Assad aposta na conquista da região, perto da fronteira com a Jordânia e com os Montes Golã, território ocupado ilegalmente por Israel.

Os analistas alertam para o risco de uma escalada de conflito no sul do país. Os Estados Unidos já alertaram Damasco para os riscos de uma escalada de violência naquela região, admitindo retaliar. Com o intensificar dos confrontos, milhares de pessoas começaram a abandonar a província de Deraa

Quem também está preocupado com o avanço de Assad, apoiado pela Rússia e pelo Hezbollah é Israel, que teme o aumento da influência da milícia xiita perto da sua fronteira. Telavive têm aumentado a sua participação na guerra na Síria, tendo já lançado vários ataques a alvos do regime e a posições alegadamente iranianas.

O regime de Assad tem sido acusado regularmente de utilizar bombas-barril, barris com explosivos e pregos no interior que, ao caírem, causam enormes estragos. Para além disso, não é possível direcionar estas bombas para alvos específicos, pelo que civis são frequentemente vítimas do impacto das explosões.

No entanto, Damasco rejeita as acusações, apesar de as Nações Unidas já terem documentado extensivamente a utilização deste tipo de arma no conflito que já dura há mais de sete anos e causou mais e 500 mil mortos e milhões de deslocados.

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