ONU ameaça Sudão do Sul para travar conflito no país
O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução em que ameaça o Sudão do Sul com novas sanções, se não cessarem rapidamente as hostilidades entre o Governo e a oposição armada.
© Reuters
Mundo Sanções
Votada na quinta-feira, a medida, impulsionada pelos Estados Unidos, recebeu o mínimo de nove votos necessários à aprovação, mas seis países abstiveram-se.
A resolução, que prevê um embargo de armas, pede ao secretário-geral da ONU, António Guterres, um relatório para o próximo dia 30 de junho, referindo se os combates cessaram e se as partes chegaram a "um acordo político viável".
Caso isso não se verifique, o Conselho de Segurança "considerará a aplicação" de uma série de sanções, que incluem também punições de seis pessoas, sobretudo responsáveis do Governo e das Forças Armadas, entre eles, o ministro da Defesa, Kuol Manyang Juuk, e o da Informação, Michael Makuei.
Se as sanções forem aprovadas, todos eles serão proibidos de viajar para fora do país, além de verem os seus fundos congelados.
O Sudão do Sul tornou-se independente do Sudão em 2011, mas, dois anos mais tarde, o país mergulhou numa guerra civil que já provocou dezenas de milhares de mortos e mais de quatro milhões de deslocados, bem como a dependência da ajuda alimentar de mais de metade dos 12 milhões de habitantes.
A guerra civil sul-sudanesa opõe as forças leais ao Presidente Salva Kiir, da etnia dinka, às do vice-presidente Riek Machar, da tribo nuer.
As duas partes assinaram um acordo de cessar-fogo em agosto de 2015, permitindo a formação de um Governo de unidade nacional. No entanto, em julho de 2016, desentendimentos entre Kiir e Machar levaram ao reacendimento do conflito.
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