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Acordo nuclear. Presidente do Irão participa em cimeira na China em junho

O Presidente iraniano, Hassan Rohani, participa em junho numa cimeira internacional na China com os seus homólogos chinês e russo, indicou hoje Pequim, entre esforços diplomáticos para salvar o acordo nuclear iraniano, ameaçado pela recente retirada dos Estados Unidos.

Acordo nuclear. Presidente do Irão participa em cimeira na China em junho
Notícias ao Minuto

19:00 - 28/05/18 por Lusa

Mundo Hassan Rohani

O texto, concluído em 2015 com Teerão após uma década de tensões, destina-se a garantir a natureza estritamente pacífica do programa nuclear iraniano e permitiu o levantamento progressivo de sanções económicas impostas ao país

A China, a Rússia e a União Europeia (UE), signatárias do acordo, tentam neste momento mantê-lo em vigor, após a sua denúncia unilateral norte-americana, decidida pelo Presidente, Donald Trump, a 08 de maio.

Os Estados Unidos anunciaram igualmente a reposição das sanções contra a República Islâmica.

O Presidente Rohani reunir-se-á com o homólogo chinês, Xi Jinping, à margem da cimeira dos chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai (OCS), que se realiza a 09 e 10 de junho em Qingdao (leste), anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi.

O Presidente russo, Vladimir Putin, estará igualmente presente na cimeira, precisou Wang.

A OCS é uma organização intergovernamental regional que agrupa oito países, entre os quais várias ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, a Rússia, a China e a Índia.

O Irão tem o estatuto de Estado observador.

O chefe da diplomacia chinesa não indicou se o acordo sobre o programa nuclear iraniano figurará na agenda da cimeira, mas a China, principal parceiro comercial do Irão e um dos principais compradores de petróleo bruto iraniano, manifestou a vontade de continuar a trabalhar com Teerão, apesar da retirada norte-americana do acordo internacional.

As empresas chinesas poderão reforçar as suas atividades no Irão na sequência da retirada prevista das companhias norte-americanas e a provável retirada das empresas europeias ameaçadas de sanções por Washington.

A UE, a China e a Rússia desejam que o Irão se mantenha no acordo, mas Teerão indicou que aguarda medidas concretas por parte dos europeus para decidir se o acordo pode ser salvo, ameaçando, em caso contrário, relançar o seu programa de enriquecimento de urânio.

Ao retirar os Estados Unidos do acordo, Trump justificou a decisão afirmando que este é demasiado brando quanto ao programa nuclear e não abrange os mísseis balísticos de Teerão, nem as suas intervenções diretas ou indiretas em diversos conflitos regionais, como o do Iémen e o da Síria.

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